Segunda, 22 de Dezembro de 2025
23°C 28°C
Santa Quitéria, CE
Publicidade

Presidente da Caixa afirma que privatização do banco está fora das discussões

Presidente da Caixa afirma que privatização do banco está fora das discussões

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
11/06/2016 às 23h31 Atualizada em 11/06/2016 às 23h31
Presidente da Caixa afirma que privatização do banco está fora das discussões
Foto: Reprodução
Segundo Occhi, nem mesmo uma abertura de capital à participação privada está em questão, apesar dos projetos de parceria em loterias, seguridade e cartões. “Vamos continuar com o controle, mas trazer parceiros que possam dar retorno maior sobre as operações e alavancar esses negócios. Queremos fortalecer negócios e melhorar ativos”, ressaltou.
As discussões do IPO da Caixa Seguridade e a renovação do contrato com os franceses (CNP Assurances) estão na agenda da equipe econômica. “Nas loterias, o modelo é uma joint venture. O preço dos ativos está oscilando muito, o que dificulta qualquer negócio. Já a área de cartões é importante e será prioritária para a Caixa. Temos muitas oportunidades”, comentou.
Sobre o motivo do impedimento para abertura do capital da Caixa, Gilberto disse que isso nunca foi avaliado. “Se fosse tão simples assim, já teria sido feito. A Caixa tem característica que a diferencia dos outros bancos, que é a carteira de governo, a prestação de serviços. É diferente de uma abertura de capital, que visa mais à rentabilidade do que ao atendimento social”, contou.
O atual presidente da instituição falou que no passado, o banco era obrigado a tocar qualquer programa de governo, mas que isso mudou muito. “O governo mandava: faz aí. E, depois, tinha de aportar recursos no banco para ele não quebrar. Mudamos muito isso. É claro que todas as vezes que somos chamados para uma negociação com o governo levamos nossa necessidade. Tem discussão de tarifas, de repasses do que é contratado. Essa questão mudou na Caixa. Não dá para falar que um programa é ruim ou bom, mas está nivelado. Sabemos o custo de cada um. Indo para o mercado, temos uma decisão de onde atuar. Mas, quando somos chamados pelo governo para lançar um novo programa, participamos, discutimos a remuneração para ser o agente do programa. Botamos na mesa. O governo topou? Tem de pagar”.
Na conclusão da entrevista  Occhi falou sobre o processo de expansão da Caixa, incluindo os principais erros e acertos. “A Caixa entrou em linhas que não tinha expertise, como crédito rural e financiamentos a grandes empresas. Não é considerar que foi um grande erro, foi um aprendizado. Continuamos forte na habitação, no consignado e crescemos muito na infraestrutura. Estamos focados nesse tripé. Quando se abre mais uma frente, é um aprendizado. A Caixa vai continuar sendo um grande banco de governo, um grande banco da habitação, de prestação de serviços, importante para o governo federal, para Estados e municípios. Não vamos deixar jamais esse viés”.

Redação Web