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Explosões e tiros atingem aeroporto internacional de Istambul

Explosões e tiros atingem aeroporto internacional de Istambul

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
28/06/2016 às 21h50 Atualizada em 28/06/2016 às 21h50
Explosões e tiros atingem aeroporto internacional de Istambul
Foto: Reprodução
Segundo o ministro da Justiça do país, Bekir Bozdag, pelo menos dez pessoas morreram e vinte ficaram feridas.
"Um terrorista abriu fogo com um fuzil na entrada do terminal internacional de passageiros e depois explodiu a si mesmo", disse.
De acordo com outras fontes do governo turco, os terroristas detonaram explosivos depois que a polícia reagiu e disparou contra eles.
A rede de TV estatal informou que a explosão ocorreu em um ponto de controle no terminal internacional de desembarque de passageiros. Aeroportos turcos têm áreas de controle de segurança em ambas as entradas dos terminais, além do controle de raio-x nos portões de embarque
Táxis e ambulâncias foram usados para transportar os feridos do aeroporto até hospitais.

Ataques
Há vários meses, a Turquia se encontra em estado de alerta por uma série inédita de atentados atribuídos ao grupo extremista EI (Estado Islâmico) ou relacionados com o reinício do conflito curdo.
O último grande ataque a Istambul ocorreu no dia 7 de junho, quando ao menos 11 pessoas morreram -sete policiais e quatro civis- e mais de 36 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba em um bairro histórico da cidade.
Antes, dois atentados suicidas atribuídos ao EI já haviam sido registrados em áreas turísticas de Istambul.
Em 19 de março, um homem-bomba atacou uma via comercial do centro e matou quatro turistas estrangeiros (três israelenses e um iraniano).
Em janeiro, outro atentado suicida matou 12 turistas alemães no centro histórico da cidade.
Quando os ataques miram as forças de segurança, as autoridades os atribuem aos rebeldes curdos, que lutam contra o exército turco no sudeste do país.
Os atentados abalaram o setor de turismo na Turquia, com uma queda do número de visitantes de 28% em abril deste ano na comparação com o mesmo mês de 2015. A queda mensal foi a maior em 17 anos e preocupa o governo.
A Turquia, membro da Otan (aliança militar ocidental) e da coalizão liderada pelos Estados Unidos que luta contra o EI no Iraque e na Síria, havia intensificado as operações contra a facção na região norte da Síria, onde os extremistas controlam muitas áreas próximas à fronteira.
De acordo com analistas, isso deixa o país mais vulnerável ao risco de atentados.

Folhapress