A aeronave, um Tupolev 154 no qual viajavam 84 passageiros e 8 tripulantes, desapareceu dos radares cerca de 20 minutos após decolar da cidade de Adler, próxima ao balneário de Sochi, no sul do país.
As equipes de resgate encontraram destroços do avião a cerca de 1,5 km da costa, a uma profundidade de entre 50 e 70 metros.
O voo fazia uma viagem de rotina à base aérea russa em Hmeimim, na Síria, vizinha da cidade costeira de Latakia, indicou o ministério.
O avião transportava militares russos e 68 membros da Alexandrov Ensemble, banda militar que iria participar das celebrações de fim de ano na base russa. Nove jornalistas também estavam no voo, além de dois funcionários civis e a diretora de uma organização de caridade respeitada na Rússia, Elizaveta Glinka.
Esta última, conhecida como "Doutora Liza", levava medicamentos para o Hospital Universitário de Latakia, segundo o diretor do Conselho dos Direitos Humanos para o Kremlin, Mikhail Fedotov, em comunicado citado pela agência de notícias Interfax. "Esperamos por um milagre até o fim", disse ele, lembrando que era ela "amada por todos".
Os canais de televisão Pervy Kanal, NTV e Zvezda indicaram ter cada um três funcionários a bordo do avião.
Moscou realiza bombardeios na Síria desde setembro de 2015, em apoio ao regime do ditador Bashar al-Assad.
Hipótese de terrorismo descartada
Diretor do comitê de assuntos de Defesa do Senado, Viktor Ozerov disse que a queda pode ter sido causada por problemas técnicos ou falha humana. Ele acredita que não possa ter sido terrorismo, porque a aeronave era operada pelos militares.
"Eu excluo totalmente" a ideia de que um ataque pudesse ter derrubado o avião, afirmou ele, segundo a agência estatal RIA Novosti. O Ministério da Defesa disse que o avião que caiu foi construído em 1983 e havia passado por manutenção preventiva em 2014.
Putin declara luto
O presidente russo, Vladimir Putin, decretou um dia de luto nacional em memória das vítimas. Ele afirmou que o governo realizará uma investigação abrangente dos motivos da queda e que fará de tudo para apoiar as famílias das vítimas.
Folhapress e Estadão Conteúdo