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Após prisão do filho, fundador da JBS volta ao comando da empresa

Após prisão do filho, fundador da JBS volta ao comando da empresa

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
18/09/2017 às 06h30 Atualizada em 18/09/2017 às 06h30
Após prisão do filho, fundador da JBS volta ao comando da empresa
Foto: Reprodução
Zé Mineiro é o fundador da JBS e vai permanecer no cargo até abril de 2019, quando terminaria o mandato do filho e da atual diretoria. Seu nome foi aprovado por unanimidade no colegiado, inclusive pela representante do BNDES, a advogada Claudia Santos.
Com 84 anos, Zé Mineiro receberá apoio de perto de três executivos: Gilberto Tomazoni, presidente das operações globais da JBS, André Nogueira, presidente da JBS nos Estados Unidos, e Wesley Batista Filho, que recebeu um cargo de diretor estatutário.
O fundador ainda dá expediente na empresa todos os dias, apesar da idade avançada.
Com 21% de participação, o BNDES vinha fazendo pressão para afastar os Batista da empresa desde que estourou a delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Bastita. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o presidente do banco, Paulo Rabello de Castro disse que "os Batista eram sócios e não donos da empresa".
A família, que considerava a hipótese de indicar um executivo profissional, resolveu endurecer e mostrar ao BNDES que é a "sócia controladora" da empresa. Executivos do grupo, no entanto, ressaltam que os Batista continuam abertos a um acordo com o BNDES.
Até 2019, os Batista pretendem preparar a terceira geração para assumir o comando da empresa. Além de Wesley Filho, que chegou a ser cogitado para a presidência, ganhou espaço Aguinaldo Gomes Ramos Filho, neto de Zé Mineiro e filho de Valeri Mendonça Batista Ramos, uma das três irmãs do clã.
Ramos Filho, que trabalhou nas operações da empresa no Uruguai e Paraguai (vendidas ao concorrente Minerva por conta da crise), se tornou membro do conselho de administração no lugar de Wesley Batista, que renunciou ao posto.

Folhapress