Bolsonaro voltou a elogiar a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de limitar as taxas de juros do cheque especial a 8% ao mês e afirmou que os bancos terão de demonstrar que houve uma queda nas suas taxas compatível com a da Selic.
"Foi bom o anúncio dos juros, do cheque especial. Pedido do Banco Central. Agora, cada instituição financeira [vai ter que mostrar] quanto é o juro, para a gente mostrar que houve a redução. Não é um canetaço, foi decidido pelo CMN", afirmou Bolsonaro.
“O Brasil caminha nessa direção, [para] os números passarem a ser compatíveis com a taxa de juros e com aquilo que estamos fazendo na economia.”, disse o presidente.
As novas regras do cheque especial devem provocar redução de cerca de 3%, ou R$ 6 bilhões, no lucro dos grandes bancos de capital aberto em 2020. O maior impacto da medida, porém, não é financeiro. A mensagem principal é que o BC está disposto a fomentar a competição e a intervir nos casos em que a considera insuficiente para reduzir preços.
Na noite de quarta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou um novo modelo para o cheque especial. Os bancos poderão cobrar tarifa dos clientes que quiserem o produto, como vinham defendendo. Em contrapartida não poderão cobrar taxa de juros superior a 8% ao mês - abaixo da média de 12,4% ao mês praticada atualmente.
Valor Econômico