Ao falar sobre seu plano de governo ao jornal francês Liberation, que tem uma seção totalmente focada em alimentação, em especial no que Mélenchon chama de “insegurança alimentar”, o candidato de esquerda foi questionado se não haveria mais Nutella no país, ao que rebateu com uma outra questão: “Por que não? Por que continuar?”.
“Também vamos proibir a publicidade alimentar para crianças! Eu não sou o bicho-papão, estou tentando defender a natureza e a saúde das crianças. Não é sobre proibir tudo: é sobre fazer o racionamento de açúcar e sal nos alimentos e proibição de aditivos corantes e conservantes, classificados como cancerígenos, em embutidos”, disse. “Eu não conheço um pai que não tenha preocupações em relação ao que o filho come”, continuou.
Segundo Mélenchon, seu objetivo é tornar a alimentação das crianças francesas mais saudável, focada em frutas e legumes, alimentos que, de acordo com ele, ficaram mais caros durante a pandemia, sendo que 50% deles são importados.
E ele parece estar empenhado em tirar o açúcar das crianças. Em 2018, Melénchon usou seu perfil no Twitter para criticar uma promoção nos potes de Nutella, que causaram empurra-empurra em mercados franceses. “Quando a revolta mostra a miséria, o idiota olha para a Nutella”, uma alusão ao provérbio chinês “quando o sábio aponta para a lua, o idiota olha para o dedo” (que tem traduções variadas).
CNN Brasil