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Bolsonaro diz que se reuniu com ministro Bento para baixar combustível

Bolsonaro diz que se reuniu com ministro Bento para baixar combustível

27/09/2021 às 15h20 Atualizada em 27/09/2021 às 15h20
Por: Thiago Rodrigues
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Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) revelou que conversou, nesta segunda-feira (27/9), com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre medidas para diminuir o preço dos combustíveis “na ponta da linha”, isto é, para os consumidores. O encontro não constou na agenda das duas autoridades.

Em outras ocasiões, Bolsonaro já questionou a política de preços da Petrobras e os reajustes constantes nos combustíveis. As declarações, sugerindo interferência na estatal, causaram reações negativas no mercado.

“Hoje, estive com o ministro Bento, conversando sobre a nossa Petrobras, o que podemos fazer para melhorar, diminuir o preço na ponta da linha. Onde está a responsabilidade? Eu usei muito nos últimos dias uma outra passagem bíblica: ‘Por falta de conhecimento, meu povo pereceu’. Nós temos que ter conhecimento do que está acontecendo antes de culpar quem quer que seja”, defendeu Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto.

Bolsonaro também lembrou da recente troca feita na Petrobras, quando substituiu o economista Roberto Castello Branco pelo general da reserva Joaquim Silva e Luna. O mandatário lembrou que, à época da troca, a Petrobras teve prejuízos bilionários em razão de preocupações de investidores. Ao se defender, ele disse que a troca é um direito seu.

“Alguns acham que eu tenho o poder de decidir as coisas dentro da Petrobras. Nos Estados Unidos, ninguém culpa o governo pelo que acontece nos combustíveis. Aqui o grande acionista [da Petrobras] é o governo federal, mas temos normas, temos regras, tem a lei da paridade e tantas outras coisas. Quando eu resolvi mudar o presidente da Petrobras, a mesma perdeu dezenas de bilhões de reais e me acusaram de interferir. É um direito meu”, declarou.

Os elevados preços dos combustíveis e dos alimentos têm pressionado a popularidade de Bolsonaro. Segundo a última pesquisa Datafolha, 53% dos entrevistados reprovam o chefe do Palácio do Planalto, um recorde nos índices medidos desde o início do mandato.

Na cerimônia desta segunda, Bolsonaro também disse que os preços altos da gasolina e do dólar não são por “maldade” do governo, mas por “realidade” imposta no mundo todo.

“Nós temos um percurso, temos muitos obstáculos. São intransponíveis? Não, mas depende do entendimento de cada um. Alguém acha que eu não queria a gasolina a R$ 4 ou menos? O dólar a R$ 4,50 ou menos? Não é maldade da nossa parte, é uma realidade”, afirmou.

O mandatário citou o Reino Unido, onde o preço do gás natural subiu 300%, e os Estados Unidos, que tiveram um reajuste de 40% nos combustíveis. “O mundo todo está conectado”, alegou.

Entre outras medidas alusivas aos mil dias da atual gestão, a Caixa Econômica Federal anunciou na cerimônia desta segunda uma modalidade de empréstimo digital de até R$ 1 mil por meio de aplicativo.

Metrópoles

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