"A gente não tem poder de segurança. Então o que a gente faz é gravar os crimes, fornecer as imagens e cobrar mais segurança. O estado tem a segurança, a polícia faz seu trabalho, mas quando a polícia chega, o crime já tem acontecido", disse Antônio José.
Em outubro, foram registrados pelo menos quatro furtos de gasolina em postos de Fortaleza. O caso mais recente aconteceu na sexta-feira (29), quando um motorista em um carro branco sem placas abasteceu R$ 307 e fugiu sem pagar em um posto do Bairro São João do Tauape, a 50 metros de distância do 4º Distrito Policial.
Apesar dos aumentos seguidos nos preços dos combustíveis, chegando a R$ 7,19 o preço médio do litro de gasolina comum no Estado, o assessor econômico do Sindipostos acredita que os furtos de combustíveis nos postos não estão relacionados com as altas dos preços. “As pessoas de bem estão abastecendo normalmente, pagando o que devem e sendo bem atendidas. As pessoas de mal sempre existiram, a bandidagem não é de hoje e nem de ontem, há vários anos. Vem intensificando no nosso estado com a entrada desses grupos [de facções]", afirma Antônio José.
Em busca de tentar amenizar os furtos de gasolina, os proprietários dos estabelecimentos já adotam algumas medidas de segurança, como relata Antônio José.
"Constantemente a gente conversa no nosso Sindicato com nossos associados para que melhorem seu serviço de vigilância. Muitos estabelecimentos possuem segurança particular, fazendo com que esses fatos diminuam. E contatos com a polícia, nós já cansamos de conversar com o secretário de Segurança, com delegacias, os próprios donos dos postos constantemente falam com policiais, mas é uma prática que a gente pode diminuir, mas jamais acabar. Tem até um detalhe interessante de que a gente fecha a nossa porta contra o ladrão e ele sempre encontra uma brecha", relata.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirma que as Forças de Segurança realizam ações diuturnas para evitar os crimes patrimoniais, com o emprego do policiamento ostensivo e preventivo, bem como com trabalho investigativo, para coibir esse tipo de prática.
G1 CE