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Nas redes sociais, 86% culpam Bolsonaro por aumento dos combustíveis

Nas redes sociais, 86% culpam Bolsonaro por aumento dos combustíveis

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
18/03/2022 às 06h30
Nas redes sociais, 86% culpam Bolsonaro por aumento dos combustíveis
Foto: Reprodução

O Estadão teve acesso a um estudo feito em conjunto pelos estúdios de análise de dados Novelo Data e Essa tal rede social, que fizeram uma varredura nas redes sociais para captar o comportamento dos usuários sobre os principais temas dos últimos dias. No caso do Twitter, a avaliação se concentrou em citações sobre o aumento dos combustíveis feitas nos dias 10 e 11 de março. Nestes dois dias, foram feitas mais de 590 mil menções sobre o preço dos combustíveis, somadas as publicações de Twitter e Facebook. 

A analista de redes Carina Pensa lembra que, em toda ocasião em que a Petrobras anuncia reajustes nos combustíveis, o presidente Bolsonaro tenta transferir a culpa para algum fator que não esteja ligado a seu governo. “Durante meses, o principal culpado pelo alto preço foram os governadores e o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Esse argumento, porém, se esgarçou. Por isso, além do ICMS, Bolsonaro responsabilizou os escândalos de corrupção do PT, a guerra da Ucrânia e até o Supremo Tribunal Federal.”

As estratégias, segundo a especialista, não surtiram muito efeito. Então, sem conseguir frear a onda de críticas, perfis ligados ao bolsonarismo adotaram a estratégia de disseminar que a gasolina no Brasil seria uma das mais baratas do mundo, frase que foi dita por Bolsonaro em sua “live”.

O debate sobre os combustíveis se manteve em alta, com domínio da narrativa antibolsonarista, absorvendo, inclusive, perfis que estão fora da tradicional polarização política. Uma das mensagens compartilhadas no Twitter desde a última quinta-feira, com mais de 64 mil “retweets” foi “parem de aumentar a gasolina!! eu nem tirei carteira ainda”. 

Estadão Conteúdo