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Argentina vive nova crise, e lojas não sabem nem quanto cobrar

Argentina vive nova crise, e lojas não sabem nem quanto cobrar

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
10/07/2022 às 16h35 Atualizada em 10/07/2022 às 16h38
Argentina vive nova crise, e lojas não sabem nem quanto cobrar
Foto: Reprodução

Lojas de comércio popular do bairro Once, em Buenos Aires, demoraram para abrir na última terça-feira, 5, e, quando receberam os consumidores, tinham em suas vitrines cartazes que avisavam que todos os produtos estavam 20% mais caros do que o registrado nas etiquetas. O atraso para abrir, assim como os cartazes, decorriam do fato de os empresários não saberem mais quanto cobrar dos clientes. 

"Ninguém sabia se o dólar ia aumentar ou se ia faltar mercadoria. Na segunda, 4, muitos comércios nem funcionaram porque não tinham mais um preço de referência para as vendas", disse o porta-voz da Confederação Argentina da Média Empresa (Came), Salvador Femenía.

A incerteza já era alta nos últimos meses, mas aumentou após a renúncia, no último dia 2, um sábado, de Martín Guzmán, ministro da Economia desde o início do governo Alberto Fernández. Em março, Guzmán havia fechado um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para pagar uma dívida de US$ 44 bilhões entre 2026 e 2034. Como contrapartida, o órgão pediu ao país que reduzisse o déficit fiscal de 3% do PIB, neste ano, para 0,9% em 2024. A vice-presidente, Cristina Kirchner, porém, se posicionou contra esse acordo, gerando uma crise no governo. Ela venceu a disputa.

O POVO