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Filha é demitida pelo pai após criticar Bolsonaro: “Me senti péssima”

Filha é demitida pelo pai após criticar Bolsonaro: “Me senti péssima”

10/08/2022 às 17h38 Atualizada em 10/08/2022 às 17h38
Por: Thiago Rodrigues
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A demissão de Brunna foi motivada por uma postagem feita em 8 de setembro do ano passado, um dia após as manifestações bolsonaristas em todo o país. “Sou completamente contra esse desgoverno e esse ser humano horroroso, corrupto, mal caráter, fascista, nazista, imbecil, incapaz e medíocre”, escreveu a jovem moradora de Macapá.

Em entrevista ao Metrópoles, ela afirmou que pensou muito antes de entrar na Justiça contra o próprio pai, mas que precisava buscar pelos seus direitos. “Me senti péssima, foi muito difícil, muitas crises de ansiedade e choro”, descreveu ao falar sobre o processo. “Ninguém quer chegar a esse extremo. Eu não queria, mas ele não fez nenhuma questão de acertar os meus direitos.” 

Ela ainda relatou que atualmente não tem relação com o pai. “Entendo hoje que a gente não tem que manter vínculo com quem não nos respeita e acaba de certa forma afetando nossa saúde mental”, contou.

A tatuadora atuava como supervisora de cadastro e vendas na empresa Grupo Popular, que tem seu pai como um dos sócios. Ela foi dispensada sem justa causa. No processo, a empresa negou que a demissão da mulher estivesse relacionada com suas opiniões políticas. No entanto, em conversas com Brunna, fica clara a insatisfação do pai com as publicações. Em um dos áudios anexados ao processo, ele afirma que não vai aceitar manifestações contrárias.

A juíza Camila Afonso de Novoa Cavalcanti, do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, entendeu que a conduta da empresa viola a legislação por promover discriminação por opinião política. A empresa ainda pode recorrer da decisão.

Metrópoles
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