O caso aconteceu na quinta-feira (15/9), em Montes Claros, no Norte de Minas, onde Lula fez um comício. Na eleição de 2018, Montes Claros (414,3 mil habitantes) ganhou destaque na mídia nacional pelo fato de ser a terra natal de Adélio Bispo, que esfaqueou o então candidato a presidente Jair Bolsonaro (então, filiado no PSL e hoje no PL) em um ato de campanha em Juiz de Fora (Zona da Mata). Na atual campanha eleitoral, a cidade-polo do Norte de Minas, voltou a ter notoriedade na imprensa e postagens nas redes sociais em todo o país por causa do episódio envolvendo o petista.
Ele declarou ser eleitor do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e tem um adesivo da campanha em seu carro. “Mas não sou militante”. O fato causou polêmica. De acordo com reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, criminalistas consideraram como “excessiva” a prisão do homem supostamente por ter dirigido palavras contra o candidato do Partido dos Trabalhadores.
Baseada em informação atribuída à Segunda Delegacia de Policia Civil de Montes Claros, relata que Lula seguia em comboio por volta das 17h30 de quinta-feira em uma avenida da cidade, “quando um homem que estava em um veículo e passava ao lado do carro do candidato gritou: "Lula ladrão, Lula safado, Lula sem vergonha".
O texto diz ainda que, um homem “foi abordado e advertido de que sua conduta seria crime de injúria - ofensa contra a dignidade ou decoro de alguém, com pena de detenção, de um a seis meses, ou multa, conforme o Código Penal”. Na sequência, foi detido e levado para a delegacia, sendo liberado horas depois, tendo assinado Termo Circunstanciado de Ocorrência e o termo de compromisso para comparecer em audiência. “Fiquei impressionado com o que aconteceu. O delegado (da quipe da PF na segurança de Lula) simplesmente foi pra cima de mim. Ele agiu com certa violência e me constrangeu muito”, declarou.
Folha de São Paulo