Para Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz, o mundo está “caminhando pro fim da pandemia sim, principalmente pela redução importante do número de óbitos, mesmo com o surgimento de novas subvariantes. “Nós também entendemos que no cenário atual a gente vai ter vacinas atualizadas; já foram anunciadas, tanto pelo Moderna como pela Pfizer, as vacinas bivalentes que têm variante original e a variante que está circulando (a BA.4/BA.5,) o que de alguma forma contribui para a recuperação da proteção”, afirma.
Ele atribui a superação da pandemia às vacinas. “A pandemia só vai chegar ao fim quando a carga da doença for reduzida através da vacinação para toda a população mundial. E isso ainda não ocorreu”, aponta, lembrando que o continente africano é o que recebeu menos doses.
Segundo a plataforma Our World in Data, 62% da população mundial receberam duas doses do imunizante. Na África, são 23%. Oceania, América do Norte, Europa, Ásia e América do Sul têm, respectivamente, 63%, 65%, 66%, 72% e 77% de suas populações vacinadas com o esquema básico.
O Povo