"Estar aqui no Rio de Janeiro é muito difícil, são muitas memórias de tudo que aconteceu. (...) Todos os depoimentos foram como se não tivessem duas pessoas mortas, assassinadas, como se não tivesse uma família destruída. Estavam todos defendendo o assassino. E ele não demonstrou nenhum arrependimento", contou Felipe ao comentar sobre os depoimentos.
Felipe é ex-namorado do oficial da Marinha Cristiano da Silva Lacerda, acusado pelos homicídios triplamente qualificados dos pais do ex-companheiro. Geraldo Pereira Coelho, de 73 anos, e Osélia da Silva Coelho, de 72 anos, que passavam férias no Rio, foram mortos no dia 24 de junho, no apartamento onde moravam Felipe e Cristiano.
"Eu fiquei em choque na hora porque foi desumano, foi um deboche com a minha dor. Foi como se eles estivessem rindo da nossa cara, pisando no nosso sofrimento. Como se não tivesse uma família que foi completamente destruída por esses crimes. Como se não houvesse nenhum crime. Foi aumentar ainda mais a ferida", relembrou Felipe.
"Eles foram covardes. Tão covardes como o assassino. É revoltante. Isso foi a primeira coisa que eu vi quando cheguei", completou.
G1