Covid: Médicos defendem tomar 3ª e 4ª doses, mas não veem necessidade de 5º reforço para todos
Covid: Médicos defendem tomar 3ª e 4ª doses, mas não veem necessidade de 5º reforço para todos
Por: Thiago Rodrigues
08/11/2022 às 08h48
Foto: Reprodução
Foto: Werther Santana/Estadão
O Brasil tem visto alta de casos da covid-19, assim como nos Estados Unidos, na Europa e na China. Diante da nova onda, outros países, como a Itália, e parte das cidades brasileiras já ampliam a indicação da 5ª dose. Médicos ouvidos pelo Estadão, porém, defendem aumentar as coberturas com a 3ª e a 4ª injeção, mas não veem necessidade de ampliar o público que toma a 5ª - hoje restrita a imunossuprimidos, como pacientes oncológicos ou transplantados.
As coberturas para a 3ª injeção de reforço no País são de 48,9% e, para a 4ª, de 16,2%. A proporção de crianças imunizadas com ao menos uma dose também é considerada baixa: de apenas 52,5%, na faixa de três até onze anos. Outras recomendações dos especialistas, sobretudo para grupos mais vulneráveis, é usar máscaras em ambientes fechados e evitar contato em caso de sintomas gripais.
Há cidades que já ampliaram a 5ª dose para públicos mais amplos, a exemplo de Limeira (SP), que oferece para todos com mais de 50 anos, e Tatuí (SP), que recomenda para todos os adultos. A cidade do Rio de Janeiro também quer estender a recomendação para todos, após confirmar a circulação da subvariante da Ômicron BQ.1 no fim de semana. A Itália, em outubro, decidiu dar a 5ª dose para os idosos com mais de 80 anos.
Alexandre Naime Barbosa, infectologista, professor e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, não vê necessidade de 5ª dose para todos. “Em pacientes imunossuprimidos, o esquema básico é considerado com três doses, mais duas de reforço, totalizando cinco. Já na população em geral, o esquema básico são duas doses e então temos as doses 3 e 4 de reforço”, explica.
Outra estratégia para conter a nova subvariante é o uso da vacina bivalente da Pfizer, atualizada para as cepas do vírus identificadas mais recentemente. Estudos preliminares já mostraram que essa nova versão do vírus tem maior chance de escapar da proteção oferecida pelos imunizantes já aplicados.