A Polícia só soube do espancamento por causa da internação de um dos homens agredidos. O hospital informou a agressão e os agentes procuraram um parente da vítima, que contou que ela havia sido espancada em um mercado em Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre. As informações são do portal Uol.
Durante o processo de investigações, os agentes da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Canoa descobriram que o disco rígido dos equipamentos de vigilância havia sido formatado. O disco rígido é responsável por armazenar as imagens de 31 câmeras do supermercado. O delegado Robertho Peternelli determinou a apreensão do equipamento e o seu encaminhamento à perícia. O Instituto Geral de Perícias (IGP) conseguiu recuperar os arquivos.
Segundo Peternelli, os cinco seguranças e o gerente devem ser indiciados sob a acusação de tortura e ocultação das provas. O subgerente deverá ser acusado de tortura e omissão. A Polícia investiga ainda indícios do crime de extorsão mediante sequestro. Isso porque os homens agredidos só teriam sido liberados após o pagamento de R$ 644. Os pacotes que tentaram roubar custavam cerca de R$ 100 cada um.
Depois da sessão do espancamento, os cinco seguranças voltaram ao mesmo depósito e posaram para uma foto, tirada pelo gerente do supermercado. Com as informações recuperadas, os policiais se depararam com cenas de tortura contra os dois homens, numa sessão de agressões com socos, pontapés e pedaços de madeira, que durou cerca de 45 minutos.
Ao final das agressões e extorsão, seguranças posam para uma foto, tirada pelo gerente
Ao final das agressões e extorsão, seguranças posam para uma foto, tirada pelo gerente (Foto: Reprodução/Fantástico)
A Polícia identificou cinco seguranças como suspeitos das agressões, além do gerente e do subgerente do supermercado. As imagens mostram que um dos homens é agredido pelo segurança com um soco e uma rasteira. As agressões continuam e os seguranças passam a agredir os homens com tábuas, pedaços de madeira e estruturas feitas com pallets.
Em nota enviada ao "Fantástico", o supermercado da rede Unisuper afirmou que repudia veementemente qualquer ato de violência ou de violação dos direitos humanos. "Estamos integralmente à disposição das autoridades para fornecer todas as informações solicitadas no intuito de contribuir com as investigações", diz a nota da empresa.
O povo