Preço e praticidade estão entre os principais fatores que impulsionam o varejo online. Segundo o levantamento, 73% dos entrevistados afirmam que nas lojas online é possível encontrar preços mais baixos do que nos estabelecimentos físicos, enquanto para 72% a praticidade de comprar sem sair de casa é o principal atrativo.

Outros critérios que seguem na preferência dos consumidores brasileiros são as promoções que só se encontram na internet (69%), a facilidade para comparar preços (63%) e maior variedade de produtos (55%).

Um desses consumidores virtuais assíduos é o engenheiro de software Artur Costa, 37 anos. “Prefiro comprar pela internet por conta da praticidade e economia de tempo. Presencialmente, é possível fazer pesquisa de preço, mas o deslocamento de uma loja para outra é cansativo. Outro diferencial é que o estoque de produtos na internet é muito mais amplo do que na loja virtual. Essa variedade é um benefício fundamental para mim”, afirma.

De acordo com ele, que mora em Fortaleza, outro benefício do comércio online são os algoritmos de sugestão. “Os algoritmos estudam comportamentos na internet e sugerem produtos apropriados e, no meu caso, geralmente eles acertam”, diz. Uma das principais preocupações dele é sobre a segurança dos dados durante as compras online.

“Principalmente em relação ao uso de cartão de crédito. Sempre observo se o site que acesso tem aquele ícone do cadeado que simboliza que o portal é seguro”, acrescenta.

Quanto à segurança, o gerente de tecnologia da Hostweb, João Victor Sousa, destaca que os consumidores precisam verificar os selos e certificados de segurança das lojas no e-commerce.

“Ao entrar no site virtual, observe a imagem do cadeado ao lado da URL do site e veja se também existem selos de segurança no fim da página, pois são itens que sinalizam que a conexão é segura. Dessa forma, o site é confiável para realizar a compra e fornecer todos os dados solicitados para pagamento”, orienta.

O especialista explica que, para evitar esses tipos de fraudes, os comerciantes podem investir em uma segurança de dados personalizada, garantia maior para clientes e empresas.

As compras pela internet tiveram impulso com a pandemia de covid-19, e agora, mesmo com os estabelecimentos funcionando normalmente, essa tendência permanece. A pesquisa da Otadesk e Opinion Box mostrou que 40% dos consumidores compram pela internet mais de uma vez por mês, e que os canais de atendimento seguem influenciando essa tendência de consumo do público.

Na avaliação do economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Davi Azim, o comércio eletrônico é um segmento que tende a ganhar ainda mais força no Brasil, assim como no mercado global.

“As compras virtuais funcionam muito, pois as empresas conseguem mostrar maior capacidade gerencial para os clientes, além de haver, em muitos casos, diferença de preços e mais promoções. Além disso, há comodidade de receber o produto em casa e isso realmente tem sido um ponto de destaque para que o setor ganhe destaque”, analisa.

O CEO da Octadesk, Rodrigo Ricco, completa que a experiência de compra está ligada aos principais fatores que influenciam o cliente na tomada de decisão. “Além das questões financeiras, é fundamental garantir uma experiência positiva em toda jornada virtual”.