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Como 'Zona de perigo', de Leo Santana, disparou para o nº1 do Brasil às vésperas do carnaval

Como 'Zona de perigo', de Leo Santana, disparou para o nº1 do Brasil às vésperas do carnaval

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
07/02/2023 às 07h40 Atualizada em 07/02/2023 às 07h40
Como 'Zona de perigo', de Leo Santana, disparou para o nº1 do Brasil às vésperas do carnaval
Foto: Reprodução
  • Ele estava investindo na música "Não se vá" para o carnaval. Mesmo com a aposta diferente, foi "Zona de perigo" que cresceu nas redes e nos shows.
  • Um acerto foi a dança criada por Edilene Alves, coreógrafa de Léo Santana. Ao estilo baiano raiz, com foco no quadril, o passo pegou.
  • O estilo musical também sai do clichê. É um pagodão que une a levada popular da arrochadeira baiana, os tambores da bachata latina e, no refrão, a melodia do R&B americano.
  • A composição feita por seis baianos mirou em Léo desde o início, e encaixou no requebrado dele - como prova o vídeo viral do baiano com a esposa, a dançarina Lore Improta.
"Música é sempre uma surpresa. Às vezes a gente gosta, acha que vai ser sucesso, que vai bater certo, e o povo não abraça. Quem manda é o povo. Por mais que a gente goste e ache que vai ser hit, se o povo não curtir, não adianta", ensina Léo Santana.

"'Zona de Perigo' é um exemplo disso. Lançamos ela, mas estávamos trabalhando e investindo em 'Não se vá', com Pedro Sampaio. Aí, de repente, senti que a música começou a crescer nos shows, fiz um vídeo com ela e... 'Boom', viralizou!", descreve o cantor.

Sexteto do Léo

"A gente fez de um jeito despretensioso e começou a notar que era a cara do Léo Santana", conta Lukinhas, um dos seis compositores de "Zona de perigo", junto com os amigos Adriel Max, Fella Brown, Pierrot Junior, Rafa Chagas e Yvees Santana.

Ele dá a data de cor: 14 de outubro de 2022. "Fizemos uma reunião aqui na minha casa, em Salvador. Estávamos na beira da piscina e montamos o equipamento: um notebook, um tecladinho pequeno", diz o compositor. "Foi um tiro certo: enviamos para o Léo e a resposta foi imediata."

"Fizemos na linha da arrochadeira (ritmo popular baiano, um arrocha mais dançante), e imaginamos o Léo misturando ao pagodão. Na produção veio o tambor da bachata (estilo latino, muito usado no sertanejo). E alguns de nós somos bem envolvidos com o r&b", diz Lukinhas.

O trunfo foi o trabalho na melodia, Lukinhas aponta. Desde o início, ainda na versão demo, os seis autores entoaram a linha de soul swingado, cantando o "vai" e "vem" do refrão como se fossem uma versão soteropolitana do grupo vocal Boyz II Men.

G1