A influenciadora e modelo egípcia Salma al Shimy foi sentenciada nesta terça-feira (18) a dois anos de prisão e multa de 3.000 euros por “publicar fotos e vídeos pessoais com insinuações e movimentos considerados imorais”, de acordo com a decisão do Tribunal Econômico de Alexandria. Essa não é a primeira vez que a influencer é penalizada no Egito.
Al Shimy “admitiu” ter compartilhado o conteúdo com o objetivo de “aumentar o número de seguidores”, segundo as investigações do Ministério Público. A modelo, de 29 anos, foi presa preventivamente há duas semanas no aeroporto internacional do Cairo.
Ela foi denunciada por “violar os valores e princípios” da sociedade egípcia e “ofender o público” com suas publicações no Instagram e TikTok, onde possui quase um milhão de seguidores em cada plataforma.
No passado, Al Shimy já havia enfrentado polêmicas, incluindo uma breve detenção em 2020 por posar como uma faraó na zona arqueológica de Sakkara, a sudoeste do Cairo, e tirar fotos para suas redes sociais sem as devidas autorizações, de acordo com as autoridades da época.
Nos últimos anos, várias jovens foram detidas no Egito por suposto uso “inadequado” das redes sociais, sendo acusadas de “promover a libertinagem” ou até mesmo a prostituição e o tráfico de pessoas.
Muitos desses influencers egípcios estão atualmente presos após serem condenados por essas acusações, o que é considerado “muito preocupante” por organizações não-governamentais (ONG) locais e internacionais, que veem isso como mais um exemplo da falta de liberdade de expressão no Egito.
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