Atualmente, o preço de partida do carro zero é de cerca de R$ 68 mil – mais de 50 salários mínimos (hoje em R$ 1.320). Esse valor não considera medidas anunciadas nesta quinta.
Segundo o vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o abatimento no preço final poderá ser ainda maior: O governo estuda permitir a venda direta dos carros a pessoas físicas.
Segundo Alckmin, o desconto vai variar de 1,5% a 10,79%, com base em três fatores:
- o valor atual do veículo: quanto mais barato o carro, maior será o desconto tributário;
- a emissão de poluentes: quanto mais limpo for o motor e o processo produtivo, maior o desconto;
- a cadeia de produção: quanto maior o percentual de peças e acessórios produzidos no Brasil, maior o desconto.
As ações foram anunciadas após reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de Alckmin e de representantes da equipe econômica com entidades do setor automotivo no Palácio do Planalto.
Segundo Alckmin, "quanto menor o carro, mais acessível, maior será o desconto". "Hoje, o carro mais barato é quase R$ 70 mil. Queremos reduzir esse valor. Mas os outros também serão reduzidos. Quanto menor, mais acessível, maior será o desconto do IPI, PIS e Cofins. Primeiro item é social, é você atender mais essa população que está precisando mais", declarou o vice-presidente, que é também ministro de Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços.
"O preço, cada montadora tem sua política. Mas pelos números que vêm sendo apresentados, é muito possível termos preços abaixo de R$ 60 mil. Hoje, com as reduções tributárias que estão em discussão e o esforço conjunto de todo setor, é bem possível que tenhamos. Mas isso é uma questão que cada montadora, que cada fabricante, tem a sua política", detalha Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
G1