"Ele declarou aos juízes que não abandonou o navio e que salvou milhares de vidas", disse o advogado Bruno Leporatti após o depoimento. Schettino disse ao juiz que estava "no comando do navio" no momento do impacto da embarcação com um banco de areia próximo à Ilha de Giglio, no Mar Tirreno, a cerca de 40 quilômetros da costa italiana. A afirmação confirma os primeiros resultados da investigação, segundo a qual Schettino dispunha do controle da rota planejada nas imediações da ilha. O comandante depôs em uma audiência preliminar por três horas. Ele é investigado por homicídio culposo (não intencional), naufrágio e abandono do navio. Na tarde de ontem, um juiz italiano determinou prisão domiciliar ao capitão, o que permitirá que ele deixe a cadeia, informou Bruno Leporatti. O comandante é acusado de ter cometido "erros" que teriam causado o naufrágio e também durante a evacuação dos passageiros. A empresa proprietária da embarcação o acusa de ter arriscado a vida de milhares de pessoas e um navio de meio bilhão de dólares em uma bravata irresponsável. Ele pode ser condenado a 15 anos de prisão.
Reuters