Ciro Gomes participou da XVII Semana do Direito da Universidade Federal do Ceará nesta quarta, 18 de outubro. “O Direito como ferramenta de construção do Futuro”, era o tema do debate. Ciro falou sobre o Brasil que queremos deixar para nossos filhos e netos e sobre a importância do direito para garantir justiça social, igualdade e democracia.
O ex-ministro e ex-governador do Ceará, continua ativo nas redes sociais, mas, até agora, nenhuma palavra sobre o agravamento da crise no PDT do estado. Parece que vem adotando a mesma estratégia de Cid Gomes na campanha eleitoral passada. É como se estivesse enviando uma mensagem subliminar para o irmão.
Ciro não fala do agravamento da guerra interna do PDT e da queda de braço entre Cid Gomes e André Figueiredo. Conflito este, que começou com o próprio Ciro, quando decidiu que o PDT teria que ter um palanque puro no Ceará e deixou claro que não aceitaria dividí-lo com Lula em seu estado.
Os blocos então ficaram divididos, entre ciristas; composto por Ciro, Roberto Cláudio, André Figueiredo e o prefeito de Fortaleza José Sarto e do outro lado; Camilo, Izolda e Elmano, contando com o apoio silencioso de Cid Gomes. O fim dessa história todos conhecem.
Agora é a vez de André Figueiredo contar com o apoio silencioso de Ciro Gomes, pelo menos até aqui, nenhuma palavra de apoio ao irmão Cid Gomes e muito menos uma tentativa de pacificação do partido no Ceará.
Ciro não quer se desincompatibilizar com Lupi e André Figueiredo, pois foi ele quem os arratou para o centro do furacão na eleição passada e para não se desentender publicamente com o irmão Cid Gomes, permanece falando de vários temas, menos do PDT do Ceará.
O pedetista parece confortável nesse novo papel, de homem livre, democrático e sempre pronto para contribuir com o Brasil com suas ideias e opiniões, menos quando o assunto é o PDT cearense.
Nesta quarta, a Justiça suspendeu os efeitos da decisão liminar que realizou uma nova eleição e elegeu Cid Gomes como novo presidente da Executiva estadual do partido. Com essa decisão o senador deve assumir a presidência da legenda. André Figueiredo, por sua vez, já convocou uma reunião da Execitiva nacional, dentre os temas, o Diretório estadual do Ceará.
Já Ciro, como advogado e membro do partido, permanece imóvel diante da briga jurídica que toma conta da sigla no estado. É como se a sua mensagem dissese em letras garrafais "quem com silêncio fere, com silêncio será ferido".