A Polícia Civil concluiu as investigações sobre a morte da professora Flávia Maria Lopes de Sena, 49, cujo crime chocou o município de Varjota há quase um mês. Rafael Machado Ramos de Vasconcelos, seu esposo, premeditou o feminicídio da própria companheira e agora, teve a sua prisão convertida para preventiva. Ele se encontra preso desde o dia 28.
Uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (23/11) na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSPDS), em Fortaleza, trouxe mais detalhes dos indícios da participação de Rafael no caso, a partir do celular dele que foi apreendido durante um mandado de busca e apreensão cumprido na residência do casal.
De acordo com o delegado de Varjota Afonso Timbó, o serviço de inteligência conseguiu extrair o histórico de pesquisas realizados pelo investigado em sites da internet antes do crime. Os investigadores chegaram a sites pornográficos - vídeos de conteúdo adulto com “esposa” entre as palavras-chave, além de pesquisas sobre medicações sobre impotência sexual, prótese peniana e possíveis tranquilizantes, bem como providências no caso de desaparecimento de pessoa.
A conclusão dos laudos periciais indicou a presença das medicações Diazepam e Quetiapina no corpo da vítima, utilizadas para sedar a mulher, e que foram pesquisadas pelo suspeito na semana anterior ao crime. Rafael realizou ainda pesquisas sobre passagens para o Rio de Janeiro.
Além disso, segundo Afonso, foram encontradas imagens do suspeito indo até o local do crime e em seguida, ao retornar, mandou lavar o carro. Diferentemente da versão informada pelo marido no desaparecimento, não há imagens de Flávia saindo de casa para caminhar a noite, indicando que ela já possa ter sido dopada ainda durante a tarde ao retornar do trabalho e que desculpas/versões teriam sido inventadas, durante a tarde, até mesmo para os filhos para que não viesse a ser importunada.