A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou a aprovação do Tecartus (brexucabtageno autoleucel), uma terapia gênica revolucionária para o tratamento de câncer hematológico. Desenvolvido pelo laboratório Kite, pertencente ao grupo Gilead Sciences Farmacêutica do Brasil, o medicamento trata especificamente linfoma de células do manto (LCM) em adultos.
O LCM, um subtipo agressivo de linfoma não Hodgkin, agora tem uma opção avançada de tratamento no Brasil. Tecartus é indicado quando os sintomas ou a doença retornam ou não respondem após dois tratamentos anteriores.
O medicamento utiliza células T geneticamente modificadas dos pacientes para produzir uma proteína (CAR) que ajuda na eliminação do câncer, sendo o quarto produto CAR-T aprovado pela Anvisa.
Apesar dos resultados promissores, é crucial notar que mais da metade dos pacientes enfrentaram efeitos colaterais graves, como síndrome de liberação de citocinas e encefalopatia. O sucesso da terapia no Brasil dependerá das estratégias de monitoramento e mitigação desses eventos adversos.