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Índice de reprovação no exame da OAB gera debate sobre banca de examinadores e qualidade de ensino dos candidatos

No exame, historicamente, apenas cerca de 20% conseguem ser aprovados de primeira

27/03/2024 às 08h01
Por: Thiago Rodrigues Fonte: Gazeta Brasil
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Reprodução
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Nesse domingo, 24, diversos candidatos realizaram a primeira fase do 40º Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No exame, historicamente, apenas cerca de 20% conseguem ser aprovados de primeira. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela realização da prova, o índice de reprovação atinge aproximadamente 80%, e muitos candidatos realizam em média quatro tentativas até obterem aprovação.

O exame da OAB consiste em duas etapas eliminatórias:

  • A primeira, que ocorreu no domingo, é uma prova objetiva, composta por 80 questões de múltipla escolha;
  • A segunda, marcada para o dia 19 de maio, é prático-profissional e de natureza dissertativa.

O advogado criminalista André Maya, que também é professor da Graduação e Mestrado em Direito da FMP/RS, destaca a baixa qualidade do ensino jurídico como um dos motivos. Apesar do significativo aumento no número de faculdades de Direito nas últimas décadas, isso não se traduz necessariamente em um ensino de qualidade. Dos 1.300 cursos de Direito atualmente disponíveis, aproximadamente 400 são considerados de boa qualidade pela OAB.

Essa disparidade resulta em uma lacuna entre a formação acadêmica e os requisitos do Exame da Ordem. A falta de uma rotina de estudos e a dificuldade em conciliar atividades acadêmicas, trabalho e outras responsabilidades também podem impactar o desempenho na prova.

O medo de reprovação e o nervosismo durante a prova também afetam o desempenho dos candidatos. Métodos de visualização e treinamento, como a realização de simulados, podem ajudar a superar esses problemas.

Em resposta, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) defendeu-se das acusações, afirmando que as bancas do Exame de Ordem são compostas por profissionais do direito, com alto conhecimento jurídico em suas especialidades, a maioria dos quais são professores de direito, membros do Ministério Público e magistrados estaduais e federais.

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