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Coordenadora da Casa Amiga da Criança explica sobre iniciativas para reduzir filas e acelerar atendimentos em Santa Quitéria

Os principais fatores que influenciam a demora é a falta de profissionais e a necessidade de diferentes níveis de atenção em saúde

16/04/2024 às 09h20 Atualizada em 16/04/2024 às 09h21
Por: Rita de Cássia
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Thiago Rodrigues/AVSQ
Thiago Rodrigues/AVSQ

A Casa Amiga da Criança desempenha um papel essencial com seus serviços de reabilitação para centenas de moradores de Santa Quitéria, especialmente no apoio às crianças com transtornos do neurodesenvolvimento. No entanto, a instituição se encontra com filas de espera ainda extensas, o que levanta cobranças da população para ampliar os atendimentos e assim responder às altas demandas.

Em entrevista à Plus FM 106.5, Gabriela Fontenele, coordenadora da Casa Amiga, explica que as filas aumentaram devido a dois principais fatores: a falta quantitativa de profissionais e a necessidade de diferentes níveis de atenção em saúde. Atualmente, a instituição conta com 11 profissionais, compostos por fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e outros especialistas. Essas equipes, conforme orientação do Ministério da Saúde, são divididas entre seis UBS do município para apoiar e observar as demandas do bairro em específico. Com essa divisão, a Casa Amiga precisaria de mais 26 profissionais para suprir as demandas.

A previsão para resolver essa defasagem é a contratação imediata de novos profissionais. "Estamos esperando a Secretaria de Saúde comunicar quantos profissionais vão estar disponíveis para atenção primária do município. Com esses dados em mãos, poderemos realizar a distribuição adequada das equipes e iniciar as intervenções necessárias", ressalta Gabriela.

A instituição está implementando diversas medidas para agilizar o atendimento e reduzir as filas. “Iniciamos recentemente um processo de organização e territorialização, mapeando as demandas e os recursos disponíveis em cada região atendida pela Casa Amiga, esse levantamento com todos esses dados desde quantas crianças estão sem diagnóstico até as faixas etárias nos permitirá direcionar os profissionais e os serviços de forma mais precisa”, destaca a coordenadora.

Além disso, a partir de maio, será implantado o processo de triagem no qual os pacientes serão atendidos na Casa Amiga somente após procedimentos de avaliações básicas de saúde realizadas nos postos. Essa triagem direcionará os pacientes para os profissionais adequados, descongestionando as filas e garantindo um atendimento mais eficiente e direcionado.

Outra iniciativa da instituição é a criação de um programa para os pais, com duração de seis meses, que visa capacitar e orientar as famílias sobre como melhor auxiliar no desenvolvimento de seus filhos. Porém, para implementação dessa nova abordagem, o prédio precisa passar por reformas estruturais por causa da falta de espaço físico adequado. Gabriela afirma a atual administração demonstrou interesse e apoio a reforma, e espera avançar rapidamente nesse processo.

A CAC conta com programas como a Escola da Postura para pessoas com doenças mecano-posturais crônicas e o Adolescer para Crescer para adolescentes em situação de vulnerabilidade, entre outros. Esses programas são utilizados para agilizar os atendimentos e beneficiam um total de 391 pacientes. A intenção, de acordo com coordenadora, é levar esses programas para mais lugares do município e transformar em um Centro de Reabilitação completo.

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