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Acredita: quem pode participar do novo programa de crédito do governo

O programa Acredita visa reestruturar o mercado de crédito no Brasil. A iniciativa deve começar a valer em julho

23/04/2024 às 09h59
Por: Thiago Rodrigues Fonte: Metrópoles
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Ricardo Stuckert/PR
Ricardo Stuckert/PR

O programa Acredita — que visa reestruturar o mercado de crédito no Brasil, bem como estimular a geração de renda e emprego e, assim, promover o crescimento da economia — reúne ações para diversos segmentos, entre eles a população vulnerável. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou a iniciativa nesta segunda-feira (22/4) em evento no Palácio do Planalto.

O programa Acredita, lançado em forma de medida provisória, está previsto para começar em julho de 2024. Entenda como vai funcionar a iniciativa do governo federal nos seguintes quatro eixos:

  1. Microcrédito a inscritos no Cadastro Único (CadÚnico)
  2. Desenrola Pequenos Negócios
  3. Criação de mercado para o crédito imobiliário
  4. Eco Invest Brasil, incentivo aos investimentos em projetos sustentáveis

Inscritos no CadÚnico
Com o objetivo de oferecer microcrédito para inscritos no CadÚnico, o programa Acredita pretende realizar, até 2026, cerca de 1,25 milhão de transações de microcrédito, com cada operação avaliada em torno de R$ 6 mil.

O objetivo da medida é injetar mais de R$ 7,5 bilhões na economia até 2026, de acordo com o Ministério da Fazenda. Ao todo, 43 milhões de famílias (96 milhões de pessoas) estão registradas no CadÚnico — 54% têm renda per capita de até R$ 106 por mês.

  • Famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico
  • Trabalhadores informais
  • Pequenos produtores rurais que acessam o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
  • Negócios

Desenrola Pequenos Negócios
O programa Acredita também prevê a ampliação de acesso a crédito e a renegociação de dívidas bancárias para Microempreendedor Individual (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte com faturamento bruto anual de até R$ 4,8 milhões.

Conforme levantamento da Serasa Experian, publicado em janeiro, cerca de 6,3 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplentes — e este é o maior número da série iniciada em 2016. O Desenrola Pequenos Negócios autoriza que o valor renegociado até o fim de 2024 possa ser contabilizado para apuração do crédito presumido dos bancos entre 2025 e 2029.

Pronampe
Beneficiários inadimplentes no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronampe) poderão renegociar as dívidas com os bancos, mesmo após a honra das garantias. Isso permitirá que esses empresários voltem a ter acesso ao mercado de crédito.

Peac e MPE Sebrae
O Acredita também pretende reduzir os custos do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac). Isso permite que, mesmo após utilização das garantias previstas, os bancos tenham uma certa flexibilidade na renegociação das dívidas com os empresários.

A iniciativa do governo federal ainda prevê a expansão das linhas de crédito no âmbito do Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe) do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Crédito imobiliário
A medida visa beneficiar, principalmente, famílias de classe média que não se enquadram em programas habitacionais populares, como o Minha Casa, Minha Vida, e consideram elevadas as taxas de financiamento do mercado.

  • Famílias de classe média que não se enquadram em programas habitacionais
  • Mercado imobiliário
  • Setor de construção civil
  • Sustentabilidade
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