O ex-empresário de forró Emanoel Gurgel, de 71 anos, foi denunciado por uma mulher por importunação sexual em um elevador de um prédio residencial no Bairro Passaré, em Fortaleza.
"De repente ele já entrou pegando no meu braço, pegando na minha mão, perguntando quem era minha manicure. Eu falei que não tinha manicure, eu fazia minhas unhas. Ele solta a minha mão e agarra o meu seio direito. Eu gritei: 'Epa, aqui não!'", disse Maria Palmira, em entrevista ao Encontro, nesta quinta-feira (11).
O caso ocorreu no dia 19 de junho, mas só ganhou repercussão na última terça-feira (9), quando Maria Palmira Silva, de 67 anos, aceitou falou pela primeira vez sobre o episódio, registrado pelas câmeras de segurança. A Delegacia de Defesa da Mulher é a responsável pelas investigações sobre a denúncia de importunação.
Conforme Maria Palmira, às 5h25 do dia 19 de junho deste ano, ela entrou no elevador e pouco depois Emanoel Gurgel também entrou. Eles conversam brevemente e, em seguida, o empresário pegou na mão de Palmira. Logo depois, ele apalpou os seios dela.
"Ele veio para perto de mim, pegou no meu braço, pegou na minha mão, olhou assim. Ele já soltou minha mão e segurou o meu peito, aí eu: 'Epa, aqui não!' Eu tive um ataque cardíaco, eu pensei que eu ia desmaiar, minhas pernas tremiam e ele tentou desconversar", disse a vítima.
Após saírem do elevador, Gurgel foi para a garagem do edifício, enquanto Palmira ficou "parada, uns cinco minutos, chorando. Depois que ela foi perguntar ao porteiro e descobriu quem era". No mesmo dia, ela procurou uma delegacia e fez o boletim de ocorrência contra Gurgel.
"Quando o elevador chegou no térreo, ele segurou o meu braço e disse, você não vem comigo? Aí eu saí correndo. E uns cinco metros em frente à garagem do apartamento que eu estava tem um hidrante e eu desabei num choro, me sentindo horrível", falou Maria.Em nota, a assessoria jurídica e de comunicação de Emanoel Gurgel disse que o empresário "tentou apenas alertar a senhora sobre os riscos do tabagismo, citando que seu próprio pai faleceu devido a isso. Não houve qualquer tipo de postura indevida".A Secretaria de Segurança Pública do Ceará (SSPDS) informou que Maria Palmira procurou a Delegacia de Defesa da Mulher após a ocorrência e que, no momento, a Polícia Civil está ouvindo testemunhas.