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Lula se pronuncia sobre caso de assédio sexual envolvendo o ministro Silvio Almeida

O ministro nega as acusações, classificando-as como “ilações absurdas”

06/09/2024 às 15h25
Por: Raflézia Sousa Fonte: Portal GCMAIS
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Ueslei Marcelino/REUTERS
Ueslei Marcelino/REUTERS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou pela primeira vez nesta sexta-feira (6) sobre as denúncias de assédio moral e sexual envolvendo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. As acusações foram divulgadas pela ONG Me Too Brasil, que afirma ter recebido relatos de mulheres que dizem ter sido vítimas de Almeida. O ministro nega as acusações, classificando-as como “ilações absurdas”.

“Ninguém que cometer assédio ficará no governo. A Polícia Federal, o MP, a CGU e Comissão de Ética da Presidência vão investigar, garantindo a defesa. O governo federal tem feito um grande trabalho no combate à violência contra as mulheres. Hoje terei reuniões para tomar uma decisão”, publicou Lula nas redes sociais.

Após discussões com ministros, que já tinham conhecimento das denúncias, e ao ouvir relatos detalhados, incluindo episódios envolvendo a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, Lula tomou a decisão de retirar Silvio Almeida do cargo. No entanto, o presidente prefere que o próprio ministro solicite sua exoneração, para evitar maiores desgastes.

Lula destacou que o ministro deveria fazer sua defesa fora do governo para não comprometer as políticas de direitos humanos e evitar transformar uma crise pessoal em um problema governamental. “Eu estou numa briga danada contra a violência contra as mulheres, o meu governo tem uma prioridade em fazer com que as mulheres se transformem numa parte importante da política nacional. Então, eu não posso permitir que tenha assédio”, afirmou o presidente.

Em entrevista à Rádio Difusora Goiana, Lula reforçou sua posição sobre o caso, afirmando que “alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”. O presidente também defendeu o direito à presunção de inocência, mas garantiu que as investigações serão rigorosas. “Eu só tenho que ter o bom senso, é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, de ter direito de se defender. Vamos colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Ética para investigar”, disse.

Ainda na entrevista, Lula destacou que é essencial agir conforme seu discurso sobre assédio. “Vamos ter que apurar corretamente, mas acho que não é possível a continuidade [do ministro] no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso com alguém que seja acusado de assédio”, concluiu.

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