Por: Thiago Rodrigues
17/03/2012 às 08h55 Atualizada em 17/03/2012 às 08h55
O Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) confirmou 14 casos de gripe A (H1N1) do início de janeiro até ontem. Um dos pacientes, foi um garoto de 15 anos, da cidade de Beberibe. Ele faleceu no dia 20 de fevereiro, supostamente com dengue. No entanto, o exame do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) constatou que o adolescente estava com Influenza A, sendo assim a segunda morte pela doença no Estado neste ano, divulgou a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
Sete dos doentes são da Capital. Os outros são da cidade de Beberibe. Em nota, a Sesa declara que oito destes pacientes estão em estado grave, sendo seis de Fortaleza, cuja gripe evoluiu para Síndrome Respiratória Aguda Agrave (SRAG). Entre os seis, três eram gestantes. Uma delas, Ezi Costa Figueiredo, 27 anos, morreu no ultimo dia 13. O diretor clínico da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), Edson Lucena, declara que, entre quinta (15) e sexta-feira (16), mais quatro pessoas deram entrada na unidade hospitalar com sintomas da doença. "São mais quatro gestantes, nenhuma delas está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), mas estão em uma enfermaria isolada", esclarece. A mulher que veio de Beberibe e que deu à luz um bebê na Meac continua isolada na UTI e o seu caso ainda é grave, destaca o diretor clínico da Meac. A criança, como é prematura, está na UTI, mas passa bem. As grávidas que estão na entidade são todas de Fortaleza. Uma delas tem 16 anos, outra, 19 e as demais, 21 anos. O médico informa que duas delas estão quase completando os noves meses de gestação e que o quadro das jovens é estável. De acordo com o Edson Lucena, o resultado do exame que comprova a gripe A nas pacientes só sairá nos próximos dias. Com relação a uma senhora de 59 anos que também estava sob suspeita, o resultado do exame da doença deu negativo, no entanto, ela continua internada na UTI e também isolada, pois ainda não se sabe o que ela tem. O diretor do Hospital São José de Doenças Infecciosas, Anastácio Queiroz, conta que os dois pacientes que estão internados na unidade se encontram em estado estável e que não foi dada mais a entrada de nenhuma pessoa com suspeita de A (H1N1). A Sesa declara que as secretarias municipais de Saúde devem reforçar as atividades para evitar que o vírus continue a circular. Frisa que deve sensibilizar todos os serviços para diagnosticar, tratar, notificar e investigar os casos de SRAG, capacitar os profissionais da rede de atenção à saúde em todos os níveis de complexidade, reativar a rede de distribuição de Oseltamivir e material de coleta de amostras, ampliar a capacidade de detecção e investigação de surto em instituições fechadas, aprimorar as ações das unidades sentinela e manutenção do fluxo das informações dentro dos prazos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e o cumprimento da meta de vacinação.
Diário do Nordeste