Um caso envolvendo a disputa por uma boneca reborn e um perfil de Instagram gerou repercussão em Goiânia. Uma mulher, após se separar do companheiro, buscou apoio jurídico para definir como seria feita a divisão da boneca, alegando ter laços afetivos com o objeto. A cliente procurou a advogada Suzana Ferreira, que contou sobre o caso em suas redes sociais na última segunda-feira (12).
A mulher relatou que a boneca fazia parte da vida familiar construída durante o relacionamento. Além do apego emocional, a mulher argumenta que investiu valores significativos na compra da reborn e na montagem de um enxoval, solicitando que o ex-companheiro assumisse parte das despesas, mesmo após o término do casamento. Suzana se recusou a entrar no caso e cliente a acusou de ''intolerância materna''.
Outro ponto de conflito envolve um perfil na rede social Instagram, administrado pelo casal para divulgar imagens da boneca. Com mais de 100 mil seguidores, a conta passou a gerar retorno financeiro e atrair contratos de publicidade. Quem ficar com o perfil, deverá ter a posse da boneca para a produção de conteúdo.
Segundo a advogada, não há previsão legal que permita a regulamentação de guarda para objetos. No entanto, o processo poderá seguir no âmbito cível como uma partilha de bens. A nota fiscal da boneca, em nome da cliente, pode ser utilizada como elemento central para a discussão judicial.
Caso não haja consenso entre as partes, caberá à Justiça decidir sobre a divisão tanto da boneca quanto do perfil digital.
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