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Cearense é flagrada com canetas emagrecedoras no aeroporto de Salvador

A suspeita desembarcava de um voo vindo de Madrid

Rita de Cássia
Por: Rita de Cássia Fonte: GC Mais
07/06/2025 às 09h22
Cearense é flagrada com canetas emagrecedoras no aeroporto de Salvador
Foto: Reprodução

Uma mulher cearense de 31 anos, natural de Tauá, no interior do Ceará, foi autuada em flagrante na noite da última quarta-feira (4) no Aeroporto Internacional de Salvador, sob suspeita de contrabando. Ela transportava 90 canetas de medicamentos emagrecedores presos ao corpo, com valor estimado em R$ 400 mil, conforme informou a Receita Federal.

Durante a abordagem, foram apreendidas 60 unidades do Synedica Retatrutide, medicamento ainda em fase de estudos clínicos, e 30 unidades do Mounjaro, fármaco já utilizado em tratamentos de diabetes e obesidade. O Retatrutide é apontado por especialistas como a substância mais promissora e potente do que o próprio Mounjaro, por combinar três hormônios com ação direta no controle do apetite e na queima de gordura. No entanto, ele não tem autorização da Anvisa para uso ou comercialização no Brasil, com previsão de liberação apenas em 2026.

A suspeita desembarcava de um voo vindo de Madrid, com escala inicial em Bruxelas, na Bélgica, e tinha como destino final a cidade de Fortaleza. O flagrante foi possível após um alerta emitido pela equipe da Receita Federal do Aeroporto Internacional de Fortaleza, que acionou a unidade de Salvador por meio de trabalho integrado de fiscalização.

Segundo os agentes da Receita, o carregamento estava escondido junto ao corpo da passageira, prática comum em tentativas de burlar a fiscalização alfandegária. Após a abordagem e constatação do conteúdo, a Receita lavrou o Termo de Retenção dos medicamentos e encaminhou a mulher e os produtos à custódia da Polícia Federal, que agora conduz as investigações.

A suspeita vai responder por crime de contrabando, previsto no artigo 334-A do Código Penal, cuja pena pode chegar a cinco anos de reclusão. A identidade da cearense não foi divulgada pelas autoridades.

O caso reacende o alerta sobre o tráfico internacional de substâncias controladas, especialmente medicamentos de uso estético e de emagrecimento, cuja demanda cresce à medida que novas drogas são anunciadas como “milagrosas” nas redes sociais, mesmo sem aprovação legal.