
À primeira vista, o pequeno Paulo Alex Morais, de dois anos, pode parecer somente mais uma criança comum, mas surpreende a todos com seu alto nível de inteligência.
Dono de um quociente de inteligência (QI) de 132 pontos, ele é, atualmente, o mais jovem brasileiro membro da Mensa, a mais antiga e renomada sociedade de alto QI do mundo.
Nascido no Piauí, mas radicado no Ceará, Paulo mora com a família em Sobral, a 243,5 km de Fortaleza. Segundo a mãe, Jordana Morais, com apenas quatro meses ele já pronunciava as primeiras palavras, o que deixou os pais surpresos.
Com um ano e cinco meses, Paulo já conhecia todas as letras do alfabeto. Em pouco tempo, aprendeu a ler e escrever.
“Tudo o que a gente ensina, ele aprende com a maior facilidade: soletrar palavras, cálculos matemáticos, astronomia — ele gosta muito da questão dos planetas — e até outros idiomas. Coisa bem atípica para a idade dele”, afirma Jordana.
Uma das grandes curiosidades do pequeno Paulo é o interesse por idiomas. Além de saber contar até 100 em inglês, ele conhece todo o alfabeto russo. Segundo Jordana, esse gosto surgiu espontaneamente, ao assistir vídeos no YouTube. “A gente colocava desenhos em português, e ele sozinho mudava para o russo. Foi assim que aprendeu não só o alfabeto, mas também os números e as cores.” Veja o vídeo abaixo:
Certa vez, Jordana imprimiu o alfabeto russo e perguntou ao filho: “Que letra é essa?” Ele prontamente respondeu: “Mamãe, não é letra, é bukva”, palavra russa que significa “letra”.
Diante dessas habilidades, os pais buscaram orientação profissional para realizar o teste de inteligência. Foram realizados alguns testes com a neuropsicóloga Gizélia Fernandes, dentre eles o SON-R 2.5-7, um teste não verbal de inteligência, desenvolvido para avaliar crianças entre 2 anos e meio e 7 anos.
Após cerca de 10 sessões, o resultado evidenciou que Paulo tem um QI de 132, muito acima da média da população, sendo entre 83 e 87.
Após comprovarem a superdotação do filho, Jamaro e Jordana buscaram a Mensa, uma organização internacional sem fins lucrativos voltada para pessoas com altas habilidades intelectuais. A instituição reúne indivíduos que pertencem ao grupo dos 2% da população mundial com os maiores QIs, e está presente em cerca de 100 países — atuando no Brasil há 20 anos.
Além de promover a troca de experiências entre seus membros, a Mensa tem como missão identificar e estimular a inteligência humana em benefício da sociedade. A organização incentiva a pesquisa, promove debates e premiações, e busca oferecer um ambiente intelectualmente desafiador e socialmente enriquecedor para todos os seus integrantes.
Os pais resolveram submeter a inscrição de Paulo à instituição. Pouco tempo depois, ele foi aceito como membro da Mensa Brasil e da Mensa Internacional, tornando-se o mais jovem membro brasileiro.
“Ficamos muito felizes por ele ter conseguido entrar, pois além de saudável, ele é uma criança muito curiosa. No futuro, queremos que ele possa, de alguma forma, contribuir com o benefício da humanidade”, celebra Jordana.