O governador do Ceará, Elmano de Freitas, fez um pronunciamento nesta quinta-feira (31) sobre os impactos da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A medida, determinada pelo presidente norte-americano Donald Trump, pode afetar diretamente a economia do Ceará. No vídeo, Elmano classificou o aumento como “absurdo e injustificável” e garantiu que adotará medidas em parceria com o Governo Federal e o setor produtivo local para minimizar os prejuízos.
“Estou ao lado das nossas empresas e dos nossos produtores, do maior ao mais humilde, para minimizar os impactos nos seus negócios e para que os empregos dos cearenses sejam preservados”, declarou.
O chefe do Executivo estadual afirmou que se reunirá nesta sexta-feira (1º), em Brasília, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Ainda nesta quinta, Elmano se reuniu com a Casa Civil, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para traçar as primeiras ações locais.
Entre as medidas imediatas está a realização de encontros individuais com representantes dos setores mais impactados, como pescados, castanha de caju, água de coco, cera, couros e calçados. “Queremos ouvir um a um e compartilharmos cada decisão”, pontuou o governador.
Elmano também disse que mantém contato com as superintendências da Receita Federal, do Ibama e do Porto do Mucuripe para acelerar o embarque de produtos antes do início da nova taxação, prevista para entrar em vigor no dia 6 de setembro. Além disso, negociações com o Consulado da China serão intensificadas como estratégia para fortalecer novos mercados consumidores.
“Farei tudo o que estiver ao meu alcance para que nossos produtores e nossa economia não sofram tantas consequências”, afirmou.
Como forma de amparo, o governo estadual estuda adquirir parte da produção cearense, principalmente de itens perecíveis como peixes e frutas, para utilização em programas sociais e equipamentos públicos. Outras medidas de apoio econômico também estão sendo avaliadas, com foco no equilíbrio fiscal.