22°C 35°C
Santa Quitéria, CE
Publicidade

CGU e PF ampliam cerco ao desvio de emendas parlamentares; inquéritos deixam o Ceará no foco das investigações

A ordem é clara: aprofundar o cerco contra irregularidades e reforçar o combate à corrupção no uso de recursos destinados a ações parlamentares

Raflézia Sousa
Por: Raflézia Sousa Fonte: Ceará Agora
05/08/2025 às 10h15
CGU e PF ampliam cerco ao desvio de emendas parlamentares; inquéritos deixam o Ceará no foco das investigações
Foto: Divulgação/PF

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal vão ampliar, neste segundo semestre, as investigações sobre desvios de recursos públicos ligados às emendas parlamentares.

O foco inclui inquéritos que passam por vários estados, com destaque para o Ceará, onde há indícios de fraudes no repasse e na aplicação de verbas oriundas do orçamento da União.

A ordem é clara: aprofundar o cerco contra irregularidades e reforçar o combate à corrupção no uso de recursos destinados a ações parlamentares. O movimento investigativo ganha força com o envolvimento de outras instituições.

RASTREAMENTO EM NOVA FASE

A agenda das investigações tem, nesta terça-feira, 5, uma reunião técnica no Supremo Tribunal Federal (STF) com representantes da CGU, do Tribunal de Contas da União (TCU), do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste.

O encontro, como antecipa uma reportagem do Jornal O Estado de São Paulo, tem como objetivo discutir formas de rastrear os caminhos das emendas por meio das contas bancárias de prefeituras, empresas e organizações contratadas com recursos públicos. A reportagem cita as últimas operações da PF e o cenário de novas investigações.

PAPEL DO STF

O STF tem papel central nesse novo capítulo. Desde novembro de 2021, quando a ministra Rosa Weber — hoje aposentada — suspendeu a execução do chamado orçamento secreto, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Corte tem endurecido o controle sobre a destinação e execução das emendas.

A decisão abriu caminho para a transparência e o controle social sobre o orçamento público. As investigações em curso prometem revelar esquemas que envolvem superfaturamento, empresas de fachada e destinação irregular de emendas, podendo alcançar parlamentares, gestores e operadores privados.

A ofensiva conjunta pode desencadear novas operações, denúncias e até cassações, em um ano pré-eleitoral sensível e cercado de disputas por espaço político.