O Cadastro de Pessoa Física (CPF) será o identificador único para todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A mudança, oficializada nesta terça-feira (16) pelos ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Gestão e Inovação (MGI), Esther Dweck, é o aspecto mais visível de uma reestruturação na forma como será construída a base de dados do sistema de saúde.
A unificação do cadastro usando o CPF facilitará a integração com outras bases e sistemas de saúde, ampliando os serviços e informações disponíveis para a população. A principal ferramenta para a população é o "Meu SUS Digital", aplicativo oficial do Ministério da Saúde.
No aplicativo é possível encontrar:
Para os gestores do SUS, uso do CPF permitirá um histórico único de saúde de cada paciente, acessível em qualquer unidade de saúde do país. Isso vai facilitar o acompanhamento de programas de saúde (inclusive entre diferentes ministérios), considerando que atualmente 87% das UBS utilizam prontuário eletrônico.
Mesmo sem CPF, os pacientes continuam sendo atendidos no SUS. Nesses casos, será criado um cadastro temporário, válido por até 1 ano, principalmente para emergências. Após a alta ou regularização, é necessária a prova de vida e a inclusão do CPF.
Desde julho de 2025, o governo começou a revisar o CADSUS (Cadastro de usuários do SUS). Dos 340 milhões de registros, 54 milhões já foram suspensos por não terem CPF. Hoje, restam 286,8 milhões ativos, sendo 246 milhões já vinculados ao CPF. O processo também alcança cadastros inconsistentes ou duplicados.
Até abril de 2026, 111 milhões de cadastros sem CPF ou inconsistentes devem ser inativados. A meta é que o sistema reflita o número de CPFs ativos na Receita Federal (228,9 milhões).