
Quase quatro mil pessoas, em diferentes regiões do Brasil, caíram no golpe do falso consórcio de imóveis. As vítimas assinavam um contrato, pagavam uma taxa inicial e nunca recebiam a tão sonhada casa.
Uma operação da Polícia Civil fechou, nesta quinta-feira (6), dois locais onde, segundo as investigações, eram oferecidos falsos contratos para a entrega de imóveis através do sistema de consórcio. No momento da ação, as pessoas encontradas nos endereços negaram ser funcionárias, mas todas foram levadas para prestar depoimento.
De acordo com o delegado Dalberth Pinheiro, o esquema funcionava da seguinte forma: primeiro, os golpistas escolhiam as vítimas, geralmente famílias de baixa renda. Em seguida, os supostos vendedores induziam as pessoas a assinarem o contrato e cobravam uma taxa equivalente a 10% do valor do imóvel escolhido. O pagamento era feito por Pix ou transferência bancária.
De acordo com a investigação, o grupo agia de forma organizada e com forte poder de convencimento, o que dificultava a desconfiança das vítimas. Segundo a Polícia Civil, há vítimas espalhadas por todo o país. Até agora, 3.734 pessoas já foram identificadas por meio de processos judiciais movidos contra a organização criminosa.
O presidente do Procon Alagoas, Daniel Sampaio, faz um alerta à população: “a gente sempre orienta a ler os contratos com calma, não assinar no impulso. As pessoas acabam caindo nesses golpes porque agem pela emoção”.