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Operação fecha 14 empresas de streaming pirata e bloqueia 118 sites envolvidos em esquema milionário

Investigados atuavam como se fossem prestadores de serviço de TV por assinatura.

Rita de Cássia
Por: Rita de Cássia Fonte: G1 Ceará
19/11/2025 às 09h34
Operação fecha 14 empresas de streaming pirata e bloqueia 118 sites envolvidos em esquema milionário
Foto: Divulgação

A "Operação Endpoint", realizada pelo Ministério Público do Ceará em parceria com outros órgãos, fechou 14 empresas e bloqueou 118 sites investigados por pirataria de conteúdo audiovisual em plataformas de streaming e lavagem de dinheiro.

A ação, realizada nesta terça-feira (18) no Ceará, Alagoas e Santa Catarina, resultou na prisão de três pessoas, cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 12 milhões das contas dos investigados. Dois suspeitos estão foragidos.

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Também foi determinado pela Justiça que as plataformas de de streaming piratas, dentre as quais se destacam as “marcas” intituladas como “DezPila”, “Tyflex” e “Onlyflix”, não apareçam nas redes de busca, como o Google.

No Ceará, os mandados foram cumpridos em Fortaleza e nas cidades de Chorozinho, Eusébio, Maracanaú e Caucaia, na Região Metropolitana.

"Essa organização criminosa não utilizava apenas as 14 empresas que o juiz determinou a suspensão das atividades econômicas. Também eram utilizados "laranjas" para o trânsito de recursos decorrentes dessa pirataria digital, que causa tanto mal a economia, e a sociedade, retirando os ganhos de quem realmente contribui com a produção intelectual", disse o promotor Silderlândio Nascimento, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).

Casa usada para lavar dinheiro com criptomoedas

Um dos mandados de busca e de prisão foi cumprido em uma casa na cidade de Chorozinho, a 68 quilômetros de Fortaleza.

Segundo o delegado Felipe Ribeiro, do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça, na residência era realizada a venda do serviço de TV pirata, além da lavagem de dinheiro com criptomoedas.

"Foram encontradas no local duas grandes estações de mineração, que é a produção de criptoativos. Esse investigado estava recebendo dinheiro dos outros investigados para a prática do crime de pirataria virtual e estava praticando outro crime, que seria a lavagem de dinheiro por meio das criptomoedas", falou o delegado Felipe Ribeiro.

Ainda conforme o delegado, o proprietário do imóvel também estava furtando energia elétrica, visto que a estação de criptoativos consumia muita energia.

"Pirataria é crime! Mais de 7 milhões de famílias utilizam esse tipo de serviço, utilizam até sem saber dos riscos, como o vazamento de dados e a instalação de vírus nos equipamentos", destacou o delegado Felipe Ribeiro.

A investigação mostra que os alvos atuavam como se fossem prestadores de serviço de TV por assinatura, ofertando programação televisiva, filmes e séries sem autorização dos detentores dos direitos e em desacordo com a legislação vigente.