
O Brasil se tornou o primeiro país do mundo a aprovar uma vacina de dose única contra a dengue, a Butantan-DV, desenvolvida pelo Instituto Butantan. A vacina foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e será aplicada inicialmente em pessoas de 12 a 59 anos.
Segundo estudos clínicos realizados com mais de 16 mil voluntários em 14 estados brasileiros, a Butantan-DV apresentou eficácia geral de 74,7%, chegando a 91,6% na prevenção da dengue grave e impressionantes 100% contra hospitalizações por conta da doença.
A introdução da Butantan-DV no Programa Nacional de Imunizações (PNI) promete facilitar a vacinação em larga escala devido à simplicidade de aplicação em uma única dose, o que pode aumentar a adesão do público e reduzir custos e dificuldades logísticas. Atualmente, mais de um milhão de doses já estão prontas para distribuição, e há uma parceria com uma empresa chinesa que permitirá ampliar a produção para até 30 milhões de doses previstas para o segundo semestre de 2026.
Além do impacto na saúde pública, a vacina tetravalente protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue, um avanço importante para o combate da doença, que é um problema recorrente no Brasil. O Ministério da Saúde ainda definirá a data oficial de início da vacinação, e planos futuros incluem a ampliação da faixa etária para incluir crianças e idosos, após novos critérios clínicos serem atendidos.
A vacinação em massa com a Butantan-DV ainda não tem data oficial anunciada para começar. A previsão é que a distribuição em grande escala da vacina ocorra ao longo de 2026, com capacidade de produção ampliada para entregar até 30 milhões de doses no segundo semestre do ano.
O Instituto Butantan já possui mais de 1 milhão de doses prontas para serem disponibilizadas, com uma parceria internacional para aumentar a produção nos próximos meses. A expectativa do governo federal, conforme declarações do ministro da Saúde, é que a vacina esteja disponível para uso amplo no programa nacional de imunização no início de 2026, de modo a enfrentar o pico sazonal da dengue no país.
Entre janeiro e maio deste ano, foram confirmadas mais de 1.000 mortes por dengue no Brasil, com o estado de São Paulo concentrando a maioria dos óbitos, seguido por Paraná e Minas Gerais. Apesar disso, o número de casos e óbitos apresentou certa redução em comparação a anos anteriores.
A taxa de letalidade é maior em casos graves da dengue. O Ministério da Saúde mantém monitoramento constante dos casos para intensificar as ações de prevenção e controle da doença no país.