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Cerca de 26% das prefeituras cearenses não vão conseguir fechar as contas em 2025

Dado consta de estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios e mostra que realidade no Estado é mais preocupante que média do País

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues Fonte: O POVO
17/12/2025 às 10h04
Cerca de 26% das prefeituras cearenses não vão conseguir fechar as contas em 2025
Foto: Reprodução

Cerca de 26% das prefeituras cearenses não vão conseguir fechar as contas neste ano. É o que revela o estudo “O 13º salário e o encerramento de exercício nos municípios”, realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O indicador é superior à média nacional, que é de 16,7%.

Na mesma direção, o número de municípios que vai conseguir fechar as contas no Ceará é de 66% ante 78,9% da média nacional. Já o número daqueles que não responderam à pergunta da CNM é de 8%, ante 4,4%. A pesquisa da CNM abordou 88 municípios cearenses e um total de 4.172 municípios brasileiros.

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Apesar do número expressivo de prefeituras que não vão conseguir fechar as contas em 2025, as perspectivas para 2026 são positivas para a maioria dos gestores pesquisados no Ceará. Ao todo, 58% dos entrevistados disseram ter expectativa boa ou muito boa quanto a esse aspecto. Já para 24% a expectativa para o próximo ano é ruim ou muito ruim. Outros 13% têm perspectiva indiferente para 2026 e 6% não responderam ao questionamento.

Quando analisados alguns dados concretos deste ano, os números mostram certa dissonância entre as expectativas e a realidade. Por exemplo, 52% dos municípios pesquisados no Ceará têm atrasos no pagamento de fornecedores e 49% vão deixar restos a pagar a descoberto para 2026. Por outro lado, 99% dos municípios cearenses afirmam estar com o funcionalismo em dia e 90% dizem que a folha do mês de dezembro será paga em dia. No caso do 13º salário, 81% dos municípios optaram por fazer o pagamento parcelado.

De fato, o indicador mais citado pelos prefeitos do Estado como desafio encontrado foi a crise financeira e a falta de recursos, elencado por 18% dos gestores pesquisados; em seguida aparecem a saúde, com 16%; instabilidade política e econômica e reajustes salariais, com 14%; além de segurança pública, item citado por 13% dos prefeitos entrevistados.