
O soldado Joaquim Gomes de Melo Filho vai ficar 120 dias afastado da Polícia Militar. Ele é investigado pelo crime de feminícidio após ser preso suspeito de matar a companheira, a também soldado Larissa Gomes. O caso aconteceu no Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza, no dia 3 de dezembro. A decisão é do dia 9 de dezembro, mas foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (16) — data em que começa a valer o afastamento.
"[...]posto que os fatos que lhes são imputados, em tese, revestem-se de acentuado grau de reprovabilidade, sendo incompatíveis com a função pública, além de ser necessário à garantia da ordem pública e à correta aplicação da sanção disciplinar", disse Vicente Alfeu Teixeira Mendes, controlador-geral de disciplina dos órgãos de segurança pública e sistema penitenciário do Ceará.
Dois dias depois da discussão, Joaquim teve a prisão convertida de flagrante para preventiva após audiência de custódia. Em nota, o Tribunal de Justiça informou que a audiência de custódia foi realizada pelo 7º Núcleo Regional de Custódia e das Garantias, com sede em Maracanaú. Na ocasião, também foi determinado segredo de justiça para a tramitação do processo, conforme o TJCE.
Joaquim também foi atingido por um disparo durante a discussão. O tiro teria partido da arma de Larissa.
Conforme a Polícia Militar, Joaquim foi apresentado, após receber alta, à Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina, onde foi autuado por dois crimes.
"A autuação ocorreu pelos crimes de feminicídio, combinado com crime militar, tendo em vista que a conduta foi praticada por militar da ativa contra outra militar da ativa. Após os procedimentos cabíveis, ele foi transferido para o Presídio Militar, no qual permanece recolhido e à disposição da Justiça", disse a corporação.