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Cabras transgênicas produzem leite que combate a diarreia

Cabras transgênicas produzem leite que combate a diarreia

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
26/07/2012 às 13h00 Atualizada em 26/07/2012 às 13h00
"Um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade". A mesma sensação do astronauta Niel Armstrong ao pronunciar essa frase, em 1969, quando se tornou o primeiro homem a pisar na lua, pode ser sentida entre os pesquisadores da Universidade de Fortaleza (Unifor) com o nascimento de duas cabras transgênicas. Os animais são os primeiros no Brasil frutos do projeto da Rede de Caprino-Ovinocultura e Diarreia Infantil do Semiárido (Recodisa) e foram apresentados na manhã da última segunda-feira, no aprisco da instituição.
As cabras poderão produzir leite com a proteína lisozima, componente presente no leite materno humano, que age como fonte extranutricional de resistência a infecções e um importante aliado no combate à desnutrição e mortalidade infantil. O chanceler também destacou o empenho da equipe de pesquisadores, composta por 20 membros do Ceará e de várias partes do Brasil, incluindo pós-doutorandos, doutorandos da Renorbio e de alunos de Farmácia, Medicina, Fisioterapia e Enfermagem da Unifor. "Isso é fazer ciência em favor da melhoria da qualidade de vida da população sertaneja e mundial", avalia.Uma das coordenadoras do projeto, a doutora em Genética Luciana Relly Bertolini, diz que a ideia é também proteger imunologicamente, por via passiva, a criança que não mamou. "Pesquisas recentes mostram, por exemplo, que as mães cearenses amamentam seus filhos, em média, apenas um mês. Isso é muito pouco para uma população carente", analisa a pesquisadora.

DN Online