Motoristas efetivos da Prefeitura de Santa Quitéria tomaram a decisão na noite desta sexta-feira (03/11), durante assembleia no Sindicato dos Servidores Públicos, de paralisarem as suas atividades na próxima sexta (10). A categoria, composta por 32 trabalhadores concursados, reivindica a reposição inflacionária dos seus vencimentos, hoje tendo como salário-base o valor de R$ 1.818,00.
De acordo com a presidente do Sindsep Germana Aragão, a entidade já vinha dialogando com a administração interina, tendo recebido a confirmação da prefeita Lígia Protásio de que o projeto de lei equiparando para R$ 1.980,00 (diferença de R$ 162 em um ano) seria enviado para a Câmara ainda no mês de agosto, o que não ocorreu. "Diante de todas as tentativas, infelizmente vamos ter que chegar ao ápice do que o movimento sindical chega. Definimos a data de paralisação, que pode ser dada continuidade e se tornar uma greve por tempo indeterminado", explicou.
Por meio de ofício, a gestora informou ontem ao sindicato a impossibilidade de conceder a revisão salarial à classe, alegando que as medidas tomadas até aqui levaram o Município a atingir o limite máximo de despesas com pessoal. "O envio de um projeto de lei que regulamente as solicitações feitas pelos motoristas, levaria fatalmente esta gestora à prática de crime de responsabilidade. Implicaria em confissão e acarretaria penalidades ao Município e ao próprio Gestor", afirma no texto.
Germana contesta que, o impacto nos cofres públicos desta reposição aos efetivos custaria pouco mais de R$ 5 mil, acrescidos de quinquênio, insalubridade, adicional noturno e previdência, o que na sua visão, "uma mixaria e que não se justifica não conceder". O Sindsep oficializará a Prefeitura na segunda-feira, sobre a paralisação.
Dentre os motoristas que cruzarão os braços na sexta, estão os de rotas escolares, topic de pacientes para Fortaleza, ambulâncias de alguns distritos e do Hospital e carro de secretaria.