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Dois dias após tiros em residência, motorista de vereador é morto em Catunda; crimes podem ter conotação política

Polícia não descarta a possibilidade. Vítima foi morta após tentar atirar no acusado e arma bater catolé

27/11/2023 às 07h33 Atualizada em 27/11/2023 às 15h29
Por: Thiago Rodrigues
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Acusado e vítima - Foto: Divulgação
Acusado e vítima - Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Santa Quitéria começa a investigar a partir de hoje (27/11), dois crimes ocorridos num intervalo de dois dias no distrito de Paraíso, em Catunda, que resultaram numa casa crivada de balas e um homicídio. Não descarta-se a possibilidade de ambos os fatos estarem motivados por conotação política, o que deverá ser esclarecido nos trabalhos do inquérito policial.

Na madrugada de sexta-feira (24), a residência de Djalma de Freitas Jorge, 32, funcionário da UBS da comunidade, foi alvejada por vários disparos. Ele dormia no local com seus familiares, quando foi surpreendido com os estampidos, sem poder identificar quem ou quantos se envolveram no episódio. Na manhã seguinte, ele narrou a ocorrência na Delegacia.

A partir de então, o mesmo passou a suspeitar que Francisco Edivaldo Morais Cruz, 35, atual motorista do presidente da Câmara Municipal Júnior Andrade, teria sido o autor. Na manhã de ontem (26), os dois se encontraram numa residência a cerca de 2km do distrito, acompanhados do dono da casa, para tratar do que ocorreu anteriormente e tirarem a limpo.

Não se sabe o que ocorreu no encontro, porém no primeiro momento após se desentenderem, a vítima puxou a arma contra Djalma e deu pane (bateu catolé), momento em que o acusado sacou outro revólver e disparou contra Edvaldo um único tiro na região da virilha. Ele chegou a dar entrada no Hospital Municipal por volta das 11h40, no entanto, não resistiu e foi a óbito.

Após o crime, o autor fugiu tomando rumo ignorado, abandonando no local um veículo Gol, de cor vermelha e que estava trancado. Quando os policiais militares chegaram, não havia mais ninguém na residência e o carro começou a pegar fogo na parte de dentro devido um curto no aparelho de som, sendo debelado a tempo e em seguida, retirado de lá.

Tanto Djalma como Edivaldo eram aliados do vereador Júnior. A investigação deve apurar se o que ocorreu possui ligação com os recentes fatos na política catundense, do rompimento do presidente da Câmara e outros parlamentares com o grupo de situação e que passaram a apoiar o ex-prefeito Tony Jorge. Nesta divisão, Djalma resolveu ficar ao lado da atual administração e prestando seus serviços, enquanto Edivaldo seguiu Júnior e passou a ser seu motorista.

O corpo foi removido para o núcleo da Perícia Forense de Canindé, no começo da noite. Moradores do distrito e da cidade ficaram estarrecidos com a proporção que tomou e assombrados com o que pode acontecer mediante o pleito eleitoral que se aproxima. A PM continua fazendo diligências para tentar localizar e capturar o autor do crime.

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