A cidade de Monsenhor Tabosa, localizada a 311 quilômetros de Fortaleza, é mais um município cearense a ter situação de emergência reconhecida pelo governo federal devido à estiagem. A portaria foi publicada pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, na edição desta quarta-feira, 7, do Diário Oficial da União.
Além da cidade cearense, a medida reconhece outros tipos de desastres em oito municípios do Brasil: Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins. Dentre os fatores apontados pela portaria, estão chuvas intensas, estiagem, enxurradas e vendaval.
Meiry Sakamoto, gerente de meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), explica que as principais diferenças entre estiagem e seca estão relacionadas ao período de duração e à quantidade de chuvas.
“Quando a gente fala de seca, a gente está falando do contexto geral, que é o período que deveria chover e não choveu exatamente quanto deveria. A seca é o contexto mais geral de um período maior. A estiagem são essas interrupções que você observa ou períodos que também já não são normais de ter chuva. O segundo semestre do ano é um período em que as chuvas acontecem, mas é muito pouco, comparado com o primeiro semestre, que é o período principal de chuvas”, explicou.
Neste ano, além de Monsenhor Tabosa, outros municípios cearenses tiveram situação de emergência reconhecida por causa da estiagem, como Caucaia, Catunda e Crateús. Segundo a especialista, a primeira quinzena de fevereiro será de pouca precipitação no Ceará, porém há uma tendência de melhoria das condições meteorológicas e ocorrência de chuvas a partir da segunda quinzena deste mês.
De acordo com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, os municípios reconhecidos podem solicitar recursos para ações de resposta contra esses desastres.