O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), usou o ato com apoiadores neste domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo, para se defender das acusações de tramar um golpe de Estado enquanto estava no poder, em 2022.
"Desde quando assumi, em 2019, eu ouvia, e parte da imprensa sempre reverberava isso. Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração, é trazer classes políticas e empresariais para o seu lado. Nada disso foi feito no Brasil, e fora isso, por que continuam me acusando de um golpe?", declarou o ex-presidente.
Na última quinta-feira (22), Bolsonaro e outros nomes ligados ao antigo Governo Federal compareceram à sede da Polícia Federal para prestar depoimentos por suposta tentativa de golpe de Estado no final do mandato do ex-mandatário. No depoimento, o ex-presidente da República ficou em silêncio.
Na Avenida Paulista, Bolsonaro subiu ao palanque com uma bandeira de Israel e fez um discurso de pouco mais de 15 minutos. Em sua fala, disse que era necessário anistiar as pessoas que participaram dos atos por precedentes semelhantes no País. "Já anistiamos, no passado, quem fez barbaridades no Brasil", disse.
"Não queremos mais que os seus filhos sejam órfãos de pais vivos. Pedimos a todos os 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para que seja feita justiça no nosso Brasil. Quem, porventura, depredou o patrimônio, não concordamos com isso, que pague, mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade. Não podemos entender o que levou poucas pessoas a apenarem tão drasticamente esses pobres coitados que estavam lá no 8 de janeiro de 2023", disse.
Milhares de apoiadores do ex-presidente compareceram na Avenida Paulista em ato convocado para este domingo. Cerca de dois mil policiais militares participaram da segurança do evento. Não houve a divulgação do número de presentes.
Além de Bolsonaro, diversos políticos estiveram presentes neste domingo, com alguns discursos, dentre eles os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o senador Marcos Pontes (PL-SP) e a ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro (PL). Também discursou Valdemar Costa Neto, presidente do PL.