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'Bebê de pedra': idosa descobre feto calcificado que carregou por 56 anos

Mulher chegou a ser encaminhada para a UTI, mas não resistiu. Caso é considerado raríssimo.

Raflézia Sousa
Por: Raflézia Sousa Fonte: G1
19/03/2024 às 13h00
'Bebê de pedra': idosa descobre feto calcificado que carregou por 56 anos
Reprodução

Uma idosa de 81 anos descobriu que carregava um feto calcificado ao ser encaminhada para o Hospital Regional de Ponta Porã, na região sul de Mato Grosso do Sul, com dores abdominais, de acordo com as informações do secretário de saúde da cidade, Patrick Derzi.

A equipe médica suspeita que a mulher estivesse com o "bebê de pedra" no abdômen havia 56 anos, desde quando teve a última gestação, uma condição considerada raríssima por especialistas. A idosa, que era indígena e morava em um assentamento no município de Areal Moreira, morreu logo após a cirurgia para retirada do feto.

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A paciente deu entrada no Hospital Regional de Ponta Porã com um quadro de infecção grave em 14 de março. No mesmo dia, uma tomografia constatou o feto calcificado na região do abdômen dela. Ao descobrir a existência do feto no corpo da idosa, a equipe de obstetrícia da instituição foi acionada e realizou a cirurgia para retirá-lo. Após o procedimento, a paciente foi encaminhada para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas morreu no dia seguinte.

O motivo da morte foi um quadro grave de infecção generalizada, que ocorreu a partir de uma infecção urinária, segundo o secretário Patrick Dezir.

Caso raríssimo

O secretário de Saúde de Ponta Porã, Patrick Derzi, explicou que o nome da condição é litopedia. Derzi, que também é médico, comentou que o quadro clínico da idosa é considerado um tipo raro de gravidez, que só ocorre quando o feto de uma gravidez abdominal não reconhecida morre e se calcifica dentro do corpo da mãe.