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Vape provoca até 6 vezes mais intoxicação por nicotina do que cigarro convencional, diz pesquisa

Estudo foi realizado pela Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de SP em parceria com o Incor e o Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Medicina da USP; foram analisados dados de 200 fumantes de cigarro eletrônico.

15/06/2024 às 13h52
Por: Josyvânia Monteiro Fonte: G1
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Uma pesquisa realizada Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo em parceria com o Instituto do Coração (Incor) e o Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Medicina da USP apontou que o consumo de vape (cigarro eletrônico) leva a níveis de intoxicação no organismo superiores em comparação com o uso de cigarro convencional.

  • Os pesquisadores analisaram dados de 200 fumantes de cigarro eletrônico;
  • Os níveis de nicotina nesses indivíduos estavam de três a seis vezes maiores em relação aos fumantes de cigarros comuns.

“O estudo indica que a intoxicação por nicotina em quem usa o cigarro eletrônico é tão alta quanto, ou até pior, que nos usuários de cigarro tradicional. Também foi notado uma falta de conhecimento entre os mais jovens sobre os riscos de dependência", apontou Jaqueline Scholz, diretora do Núcleo de Tabagismo do Incor e coordenadora da pesquisa.

“Parar de usar o produto por conta própria é uma fantasia. Trata-se de um produto altamente viciante que contém substâncias extremamente tóxicas, que também afetam as pessoas ao redor. Ao inalar as partículas ultrafinas depositadas no ar, estas chegam ao sistema respiratório, atravessando a membrana pulmonar e causando uma grande inflamação”, destaca a pesquisadora.

Em abril deste ano, diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiram por unanimidade manter proibida a comercialização do produto no Brasil. Apesar disso, os dispositivos são facilmente encontrados no comércio ou online.

Em consulta pública realizada pela Anvisa sobre os cigarros eletrônicos (também chamados de vapes), a maioria dos profissionais de saúde disse ser contra a sua liberação no Brasil.

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