21°C 32°C
Santa Quitéria, CE
Publicidade

Esquema de fraudes investigado pelo MP indica suposto conluio de empresas familiares e ligadas a candidato no Ceará

As investigações estão em curso, e o órgão ministerial já reuniu diversas provas documentais que podem levar à condenação dos envolvidos

Thiago Rodrigues
Por: Thiago Rodrigues
17/08/2024 às 17h00 Atualizada em 17/08/2024 às 17h01
Esquema de fraudes investigado pelo MP indica suposto conluio de empresas familiares e ligadas a candidato no Ceará
Reprodução

O Ministério Público do Ceará avançou nas investigações que apontam para um suposto esquema de corrupção envolvendo o candidato a prefeito de Chaval, Carlin Gomes, e vários membros de sua família. De acordo com fontes que preferem manter o anonimato, as operações ilegais de Carlinhos, em colaboração com seu primo e atual prefeito, Sebastião Gomes, e outros familiares, teriam se infiltrado, além da administração municipal, também na Câmara de Vereadores.

As investigações revelam que Carlin teria utilizado empresas fantasmas, em parceria com seu irmão Onofre Gomes, conhecido como "Nonoia", para manipular uma dispensa de licitação, que visava à execução de serviços de pintura. A empresa "F Bringel", supostamente ligada a um cartel com outras oito empresas, foi declarada vencedora. Ela está registrada no mesmo endereço da CMGCOM, empresa de propriedade do candidato a prefeito, o que levanta suspeitas sobre a legitimidade dos processos licitatórios.

Outra empresa envolvida, "Tomaz Construções", de Eduardo Tomaz, também estaria envolvida, com o mesmo atuando em nome de Carlin em diversos documentos, segundo as apurações. A participação de Katia Brito, secretária de Obras e noiva do candidato, em uma licitação para serviços de engenharia, é outro ponto de investigação, visto que ela competiu com Everton Gomes, primo e dono da ENGERCON, empresa que já mantém contratos com a administração.

Além disso, Cleobis Costa, dono da empresa MITZ, também está sendo investigado, uma vez que sua empresa está registrada no mesmo endereço da CMGCOM e da F Bringel.

As investigações estão em curso, e o órgão ministerial já reuniu diversas provas documentais que podem levar à condenação dos envolvidos. A população de Chaval aguarda os desdobramentos do caso e cobra uma resposta das autoridades.