23°C 37°C
Santa Quitéria, CE
Publicidade

Homem come Paçoquita com fezes de rato e empresa é condenada; "a que eu mais gostava", diz

Consumidor denunciou o caso para a fabricante, pediu o recolhimento do lote e envio do produto para perícia, mas empresa enviou mais paçocas

02/09/2024 às 18h07
Por: Thiago Rodrigues Fonte: SBT News
Compartilhe:
Reprodução/Arquivo pessoal
Reprodução/Arquivo pessoal

Neto de avós com diabete, mas um amante de docinhos, Michel Costa Prezia, de 34 anos, comprou, em setembro do ano passado, uma caixa de 65 Paçoquitas, estava comendo o sexto doce seguido quando foi surpreendido por um corpo estranho na boca. "É a que eu mais gostava. Eu adorava comprar um monte dessas Paçoquitas. Um dia, eu estava comendo em casa, mordi, fui ver e era um negócio duro na boca. Falei 'eita' e era um cocô de rato."

O caso foi parar na Justiça. A defesa da vítima pediu uma indenização de R$ 10 mil. O SBT News teve acesso à sentença em que, depois de um ano, na última sexta-feira (30), a juíza Andrea Ferraz Musa condenou a fabricante Santa Helena Indústria de Alimentos S/A a pagar uma multa de R$ 3 mil por danos morais ao consumidor.

Quando perguntando se voltaria a comer o produto, Michel afirmou que não por causa da experiência ingrata e de como foi tratado pela empresa. Ele entrou em contato com a fabricante por e-mail e a alertou sobre o ocorrido. Solicitou uma reparação e se colocou à disposição para a Santa Helena coletar a embalagem e enviar o produto à perícia.

A empresa respondeu ao e-mail, afirmando que coletaria o lote, enviaria para análise, mas nunca o fez. Depois de um período, o consumidor foi presenteado pela Santa Helena com uma nova caixa de Paçoquita.

"Quando acontece alguma coisa assim, o normal é você [empresa] recolher, fazer uma avaliação, avaliar se aquilo é um cocô de rato, a procedência, pedir que o lote seja suspenso, mas eles simplesmente só me mandaram outra Paçoquita. Eu ganhei um novo lote fechado, dei para um amigo e falei que nunca mais comeria", afirma Michel.

No processo judicial, a empresa alegou experiência de mais de 80 anos no mercado, falta de comprovação sobre as fezes de rato e sobre a autenticidade do produto. No entanto, a juíza considerou que a empresa teve "ciência do ocorrido, poderia coletar e analisar o produto, mas não o fez [...] optando por não produzir tal prova".

No momento em que as fezes foram colocadas na boca, Michel procurou um médico, que o orientou a prestar atenção no próprio quadro de saúde por um possível risco de leptospirose. "Graças a Deus não aconteceu nada, mas o susto é grande", conta Michel.

Publicidade
Publicidade
Publicidade